O exame do quadro revela que as escolas das ilhas são das mais frequentadas (Ponta Delgada, 1896, e Funchal, 1787 alunos). No continente a maior média é no distrito de Coimbra (2 escolas), com 1960 alunos Seguem-se Setúbal (5 escolas), 1583 alunos, Viseu, 1481 alunos (1 escola), Porto (14 escolas), com 1349 alunos, Viana do Castelo, 1329 alunos (1 escola), Lisboa, 1326 alunos (25 escolas), Castelo Branco, 1286 alunos (2 escolas), Santarém, 1256 alunos (4 escolas), Braga, 1245 alunos (5 escolas) , todas com média superior a 1200 alunos.

Em 9 distritos do litoral, do continente, há 72 escolas, nos outros 9 distritos há apenas 20, não obstante a alta frequência manifestada em alguns, como Viseu e Castelo Branco, com média de 1481 e 1286 alunos.

Surpreende a baixa média de alguns distritos, como Aveiro (6 escolas e 889 alunos), Leiria (6 escolas e 781 alunos), Évora (3 escolas e 917 alunos) e Portalegre (2 escolas e 740 alunos).

Este problema das escolas industriais e comerciais, na sua projecção geográfica, precisava de ser revisto, talvez em conjunção com o ensino agrícola.

Ensino agrícola Pouco há a dizer sobre o ensino agrícola, se é que pode dizer-se haver ensino agrícola no grau elementar.

A verba gasta é apenas de 2344 contos.

As despesas podem resumir-se no quadro que segue.

Excluindo os chamados «cursos complementares de aprendizagem agrícola», por funcionarem nas escolas primárias, Casas do Povo, grémios, etc, o número de escolas práticas de agricultura é apenas de quatro Juntando as três escolas de regentes agrícolas e o Instituto Superior de Agronomia, obtém-se oito ao todo.

A frequência foi a seguinte, em 1962-1963

Este quadro define o panorama do ensino agrícola oficial Ainda que se tomassem como ensino agrícola os cursos complementares de aprendizagem agrícola nas escolas primárias, em 242 estabelecimentos, o número de alunos matriculados seria de 5803, sendo 4471 nas escolas primárias, Casas do Povo, grémios, etc

É conhecida a rotina e atraso da exploração agrícola.

Com os números acima mencionados, e dados os progressos modernos, não se podem esperar melhorias substanciais As despesas com o ensino técnico, superior, médio e elementar, constam do quadro seguinte

Direcção-Geral do Ensino Primário A evolução da despesa do ensino primário, embora ainda aquém das necessidades, tem-se afirmado em sentido progressivo todos os anos, como pode ler-se no quadro que segue

O ensino primário representa 5,3 por cento das despesas ordinárias (5,9 por cento em 1963). O índice relacionado com 1938 é de 477, e a percentagem naquele ano foi a de 5,1. Mas a cifra de 469 033 contos de 1963 deveria ser crescida do custo dos edifícios nas escolas primárias construídos neste ano, o que elevaria a percentagem para cima de 6 por cento.