A causa da descida está toda nos aeroportos de Lisboa, Porto e Madeira, visto ter havido reforço de verbas em outros aeroportos, como no de Faro, Santa Maria e S Miguel.
O total da despesa com aeroportos desceu de 242 647 contos em 1962 para 169 208 contos, incluídos os 111 260 contos de despesa extraordinária.
Contos
Correios, telégrafos e telefones
Foi em 1948 que, pela última vez, a despesa ultrapassou a receita, com um déficit de 28 255 contos.
Os saldos positivos apurados ano a ano não podem interpretar-se sem ter em conta o principal objectivo dos serviços, que é o de satisfazer necessidades de ordem pública. Assim, não pode, por si só, impressionar a descida dos saldos, desde há três anos pois eles dependem do próprio conceito de receitas e de despesas, especialmente na arrumação contabilística das contas. Adiante se analisará com algum pormenor a conta, de modo a extraírem-se conclusões. Ao serem apreciados os fundos de reserva e as amortizações diversas ter-se-á ideia mais clara do que se acaba de escrever.
O cálculo dos índices das receitas e despesas anuais, com base em 1959, e a determinação das percentagens sobre as receitas são elucidativos:
Importa essencialmente ver em que medida evoluíram os serviços prestados, o que pode verificar-se no quadro adiante, onde se utilizam as rubricas mais expressivas:
No tráfego telefónico apenas foi considerado o serviço automático nacional do regime metropolitano a cargo dos CTT. Transformando este quadro de forma que mostre a evolução a partir de 1959, obtém-se:
Vê-se, por este quadro, que o acréscimo nas actividades mais importantes do tráfego postal e telegráfico é quase insignificante, outro tanto não sucedendo com o do tráfego telefónico.
Receitas