Dos demais investimentos, avultam a participação no capital do Banco de Fomento Nacional em 1963, e em 1962 o adiantamento a bancos de investimento (Fomento Nacional) de 300 300 contos.

Com estas alterações pode agora compor-se um novo quadro que melhora o critério de pareceres anteriores:

À parte a defesa nacional, que utiliza mais de metade da despesa extraordinária, as comunicações destacam-se com 17,1 por cento. Enquanto não terminar a ponte de Lisboa, que absorveu mais de metade da verba destinada a comunicações, esta rubrica sobressairá com alta percentagem. Aos investimentos competem 12,1 por cento, incluindo os do ultramar.

Análise das despesas A defesa nacional destinaram-se 3 845 502 contos, a verba mais alta das despesas extraordinárias. Esta importância foi liquidada na forma que segue

Contos

Mais de metade (62,8 por cento) das despesas na defesa nacional foram financiadas por excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas. O resto proveio de diversas origens, e entre elas avultam os saldos de anos económicos findos e os empréstimos. A verba das Comunicações subiu este ano para l 165 689 contos, ou 17,1 por cento das despesas extraordinárias. Inclui a ponte de Lisboa sobre o Tejo, os portos, os aeroportos, as estradas e diversas outras.

A origem das despesas é como segue

Um pouco menos de metade das importâncias gastas com portos (49 707 contos) foi paga por empréstimos externos, a diferença (61 780 contos) proveio de receitas ordinárias.

Todos os investimentos na ponte de Lisboa vieram de empréstimos, sendo 583 692 contos do crédito externo e 21 000 contos de empréstimos internos.

Os 267 500 contos utilizados na construção e grande reparação das estradas do continente e os 6750 contos de estradas nas ilhas adjacentes provieram de empréstimos.

O plano de melhoramentos da cidade do Porto não caberia porventura nesta rubrica, embora parte fosse utilizada em comunicações. O financiamento foi feito em 4000 contos por empréstimos e em 10 000 contos de excessos de receitas.

Finalmente, o novo cais do porto da Beira foi financiado por excessos de receitas.

Em súmula, pode dizer-se que, da importância de 1 165 689 contos, apenas cerca de 121 830 contos pertencem a excessos de receitas. O restante, ou 1 043 859 contos, proveio de empréstimos. Ainda as cifras nas Comunicações se podem agrupar de outra forma

Assim, a ponte de Lisboa utilizou 51,8 por cento do gasto total em comunicações, as estradas do continente e ilhas adjacentes cerca de 23,5 por cento, os portos 9,6 por cento, os aeroportos 9,5 por cento e outras 5,6 por cento.

A desproporção de verbas é manifesta, em especial no que diz respeito a estrados, onde tanto há para fazer. Não é fácil classificar a rubrica do fomento rural. Ela aparece no quadro com o gasto de 662 029 contos. As verbas que mais pesam são as de hidráulica agrícola (241 787 contos), a arborização de serras e dunas (104 606 contos) e a viação rural (104 828 contos), todas com mais de 100 000 contos.