o quantitativo do investimento com os resultados traduzidos em consumos e exportações ter-se-ia um índice de orientação para o futuro.

Um dos males da técnica do planeamento, no ultramar e na metrópole, é justamente a falta de documentação sobre os resultados do investimento. E conhecido que em certos casos a reprodução se projecta em futuro mais ou menos longo, mas já se está em vésperas do fim do II Plano. O período que decorreu desde o início do planeamento é mais do que suficiente para formular um juízo sobre a eficácia das inversões financeiras. De um cuidadoso estudo derivariam ensinamentos de grande importância para o futuro.

É costume entre nós julgar dos planos de fomento pelo quantitativo dos investimentos, o que é um erro que pode custar caro. Nem a influência do plano se mede apenas pelo crescimento, quando é possível determiná-lo. Factores de outra ordem, de natureza política alguns, também precisam de ser considerados.

De tudo o que acaba de se escrever resulta a necessidade de colher elementos que permitam determinar a reprodução política, social e económica dos capitais utilizados. E uma prática salutar, que as autoridades superiores do ultramar deveriam seguir. Evitar-se-iam dissipações de investimentos, e pouco a pouco, com conhecimento directo dos erros cometidos ou dos êxitos alcançados, se aperfeiçoaria a técnica do planeamento, com base em dados certos, sem idealismos ou fantasias que muitas vezes se convertem em desperdício.

Em todas as coisas materiais da vida este é o caminho certo. Quando, porém, se tem em conta que os [...]timentos disponíveis são escassos, que há necessidade atender a uma vasta comunidade, dispersa pelo [...] é indispensável recorrer a todos os meios e usar de todas cautelas, de modo a extrair do investimento o máximo rendimento possível.

Comércio externo No longo período com início em 1988, ano [...] à guerra, o comércio externo da comunidade dese[...] veu-se em termos que se expõem mais adiante colher ideias sobre o que se passou deve ter-se em a desvalorização da moeda, por um lado, e, por outro irregularidades das cifras em algumas das províncias, a de Macau, e o atentado praticado contra a índia, da influência da guerra em Timor.

Mas um quadro em que claramente se mostrem a portações e exportações dos três últimos anos e até 1938 dará noções gerais sobre o comportamento do comércio externo

Faz-se agora essa tentativa

(a) Não Inclui o Estado da índia nem Macau.

Quanto à importação, nota-se o crescimento de 3 185 000 contos em 1938 para 27 981 000 contos em 1963 (metrópole e ultramar).

Às cifras nos três últimos anos não progrediram muito. Nas exportações subiu-se de 1856 000 contos para 20 045 000 contos. À parte do ultramar, de 710 400 para 8 021 000 contos, reflecte as condições de progresso, mas em menor grau do que no caso das importações (de 880 000 contos para 9 094 000). Num e noutro caso, o aumento anda à roda de l para 10 nas importações e de l para 11 nas exportações.

As cifras excluem a índia e Macau

O problema é mais sério no caso dos saldos. O saldo negativo da comunidade subiu de l 329 000 contos para 7 916 000 contos. Se for considerado apenas o ultramar, a cifra vai de 169 300 contos em 1938 para l 073 000 em 1963, mão obstante o bom resultado de Angola neste ano.

A própria irregularidade dos saldos negativos mostra o desequilíbrio no comércio externo do ultramar. Viu-se que o saldo negativo do ultramar em 1963 subiu a l 073 000 contos, depois de excluído Macau. Seria de l 6815 400 contos com esta província.

Há manifesto progresso em relação a 1962 e a todos os anos que decorreram desde 1957, com excepção de [...]. Mas note-se que nos deficits anteriores a 1961 se o [...] da índia.

Os números são os que seguem:

Convém examinar as cifras, relacionando-as com [...] antes do início do I Plano de Fomento.