Compradores com mais de 1 por cento da exportação há apenas dez países, com a União Indiana e a República da África do Sul, com mais de 10 por cento. O Reino Unido e a Alemanha e os Estados Unidos comprarão mais de 4 por cento. Os outros países comparticipam em muito menor escala no comércio exportador de Moçambique. À metrópole e ultramar competem perto de 40 por cento do total da exportação. É possível, com os elementos conhecidos, estabelecer por países a balança comercial. O seu exame mostra as possibilidades da província.

No quadro seguinte dão-se os saldos da balança do comércio com os países mencionados:

Apenas aparecem três países com saldos positivos, e um deles por força de circunstâncias de necessidades prementes de matérias-primas para o seu comércio exportador - a castanha de caju.

Desde que haja produtos em condições, é possível aumentar a exportação, pelo menos para o Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos, República da África do Sul, com grandes saldos positivos, todo mais de 100 000 contos. Estes mercados são grandes consumidores de géneros que podem ser produzidos em Moçambique, tais como oleaginosas, chá, tabaco, frutas e outros.

Balança de pagamentos O grande desnível no comércio externo, com deficits superiores a l milhão de contos, tem-se reflectido na balança cambial, tradicionalmente positiva até alguns anos atrás. Como se viu, as importações desenvolveram-se muito em parte devido ao progresso nos consumos à entrada de equipamento destinado aos meios de comunicação e ainda ao apetrechamento de unidades industriais. A própria inversão de grandes somas nos planos de fomento geraram maiores consumos e maiores importações.

Ainda se não fizeram sentir na exportação os efeitos de investimentos volumosos ao abrigo dos planos de fomento e outros. Desde 1956 o acréscimo anda à roda de l milhão de contos, que não puderam neutralizar o aumento das importações, maior do que aquela soma.

Não são de surpreender os saldos negativos da balança de pagamentos, iniciados depois de 1957. Neste ano as disponibilidades do Fundo Cambial atingiram o máximo com l 967 000 contos, reduzidos para 668 533 cintos em 1963. Os invisíveis provenientes de transportes e turismo, apesar de volumosos, não lograram manter o equilíbrio.

Tem interesse a evolução do Fundo Cambial

Milhares de contos

A subida foi gradual depois da guerra. Em 1946 o saldo não atingia meio milhão de contos. Em 1950 ainda passava com custo a casa dos 650 000 contos, mas seis anos depois já se aproximava dos 2 milhões de contos. Depois iniciou-se o regresso até à cifra de 1963. Urge, pois, suster a descida.

A quebra máxima de 333 200 contos deu-se em 1960 e a de 1961 não se alterou muito. Foi possível reduzir a diferença para menos de 100 000 contos em 1962, mas em 1963 a cifra aproxima-se novamente da casa dos 300 000 contos.

Mais dois ou três anos no estilo dos que passaram e desaparecerá o saldo do Fundo Cambial.