Quase todos os empréstimos foram fornecidos pela metrópole, directamente ou através do Tesouro provincial, e por organismos diversos.

Os investimentos de origem estrangeira, de responsabilidade do Tesouro metropolitano, estão gradualmente a extinguir-se.

O mais volumoso, destinado ao caminho de ferro do Limpopo, está em pouco mais de 300 000 contos. Vale a pena enumerar algumas das obras e empresas realizadas ou em vias- de realização, financiadas por empréstimos contraídos por estes serviços autónomos.

Os de maior valor constam da lista que segue:

Contos

Porto e caminho de ferro de Lourenço

Total ....... 2 360 739

No porto da Beira está incluído o resgate, indemnização à Companhia do Porto da Beira e despesas da comissão arbitrai (74748 contos), estudos, reapetrechamento e construção de docas de minério. No porto e caminho de ferro de Lourenço Marques incluem-se verbas para o cais, apetrechamento, gare de triagem e outras.

Os investimentos em aeroportos realizaram-se nos de Lourenço Marques, Beira, Lumbo e outros. E finalmente em diversos na ponte-cais em Quelimane, Porto Amélia, e estudos e construções nos caminhos de ferro de Moçambique e Tete.

Há saldos dos empréstimos, no total de 78 834 contos, que transitaram para o ano seguinte. Referem-se aos portos de Lourenço Marques (11 441 contos), Beira (31 563. contos), Nacala (10 102 contos), cais no porto da Beira (20 376) e caminho de ferro de Moçambique (5352). O problema das receitas extraordinárias também tem acuidade em Moçambique, embora o recurso ao empréstimo seja menor do que em Angola.

Mas a situação da balança de pagamentos impõe a procura de novos recursos cambiais, que só podem advir do aumento da exportação. As receitas extraordinárias constituem a fonte de investimentos, na parcela que compete ao Estado para fomento económico.

As receitas extraordinárias somaram 869 669 contos. O montante de empréstimos elevou-se a 470 484 contos, um pouco menos do que em 1962. Os empréstimos representam cerca de 54 por cento das receitas extraordinárias, que se desdobram na forma que segue:

Milhares de contos

Receita extraordinária:

Saldos de anos económicos findos .............. 210,7

Os saldos de anos económicos findos subiram para 210 699 contos e a comparticipação dos caminhos de ferro desceu para 136 088 contos, tudo em relação a 1962. O total das receitas extraordinárias pode discriminar-se do modo seguinte:

Contos

As despesas extraordinárias somaram 873 724 contos (mais 4055 contos do que as receitas extraordinárias). Esta diferença foi liquidada por força de excessos de receitas.

Evolução das receitas extraordinárias As receitas extraordinárias atingiram o seu mais alto valor em 1963. O recurso ao empréstimo, que tem sido norma nesta província, embora por somas relativa-