mente modestas nalguns anos, acentuou-se nos dois exercícios financeiros de 1962 e 1963, com valores superiores a 400 000 contos.
No quadro publicado a seguir dá-se a evolução das receitas e despesas extraordinárias durante um longo período e indicam-se os empréstimos em cada ano:
Aplicações das receitas extraordinárias
Contos
Assim, das receitas extraordinárias aplicaram-se cerca de 77 por cento no Plano de Fomento.
Este elevado recurso ao crédito, que veio avolumar a dívida, opõe limitações à escolha das obras ou empresas a realizar. Por um lado, essas limitações provêm do preceito constitucional que regula a utilização de empréstimos; por outro lado, o saldo negativo da balança do comércio aconselha o uso de investimentos em empresas altamente reprodutivas.
O sistema de transportes ferroviários e os portos constituíram, na passada década, o principal objectivo dos investimentos.
Já se mencionou acima o gasto de 2 360 700 contos.
Ainda há por concluir algumas obras, como a que ligará o caminho de ferro de Moçambique ao sistema do Mawi, mas parece ser agora o momento de insistir quer na execução daquelas que tragam a produção de mercadorias) exportáveis, como o ferro e outros minérios ou metais, quer na execução de projectos de energia, escolhendo de preferência aqueles que auxiliem fins múltiplos, como rega e o domínio de cheias, como parece ser o caso do rio dos Elefantes, no vale do Limpopo, e do Zambeze nos seus diversos aspectos e de outros rios.
De qualquer modo, energia e rega são infra-estruturas de grande projecção económica. A escolha das empresas é porém basilar, não vá acontecer, como já aconteceu em territórios nacionais, haver uso pouco produtivo dos investimentos.
Utilização das despesas extraordinárias