esquecer, muito frequentemente, que uma das municipais condições para a defesa do mundo ocidental se encontra na unidade e na harmonia dos interesses das diferentes nações, grandes e pequenas, evoluídas e subevoluídas, por forma que o mundo ocidental se possa apresentar, do facto como um sólido bloco perante o imperialismo soviético.

A formação de alianças militares, como o Pacto do Atlântico, devia seguir-se a constituição de alianças económicas e não diferenciação marcada de zonas comerciais, como as do Mercado Comum, de livre-câmbio e outras que provocam uma surda luta de competências e manobras subterrâneas desenvolvidas nos bastidores da vida política e económica, para a conquista de novas fontes de matérias-primas e de novos mercados para as crescentes indústrias das grandes potências.

E é assim que o comunismo internacional, aproveitando estes graves erros do mundo ocidental baseia a estratégia neste período de coexistência pacífica, especialmente no sentido de separar os países europeus dos continentes africano e asiático II

A linha de conduta táctica da U. R. S. S. fase é simples, e pode ser assim resumida.

1) Actuando entre os bastidores, os comunistas fomentam a criação de movimentos nacionalistas e a infiltração nos sindicatos e noutras organizações,

2) Os movimentos nacionalistas, apoiados por organizações cuptocomunistas, exigem a independência da colónia em questão e passam à acção (manifestações, violências e, eventualmente, sublevações armadas e guerrilhas). Nesta fase, através dos partidos comunistas e da rede internacional de organizações satélites, a U. R. S. S. fornece armas e dinheiro aos movimentos nacionalistas o os influentes comunistas actuam no sentido de impediu um acordo pacífico no conflito entre a colónia e a metrópole,

3) A diplomacia soviética e os agentes comunistas nos países das conferências de Bandung e do Cano «aconselham», e se necessário proporcionam, aos governos desses países, a apresentação do litígio na O N U. Esta acção é seguida de uma ampla campanha do aparelho daí propaganda comunista (imprensa, rádio, petições das organizações internacionais, etc.) para provocar um «movimento de opinião mundial».

4) Uma vez levado o assunto à tribuna na O N U , na U R S S , com os seus partes satélites, apoia esta acção e com eles forma um bloco, que devido ao jogo das abstenções e do veto soviético, pode conseguir uma maioria de votos e obter uma decisão da ONU favorável à tese da independência da colónia, colocando a respectiva metrópole sempre «no banco dos réus».

A política soviética nos territórios dos países coloniais obedece quase sempre ao mesmo modelo. Adaptar os movimentos nacionalistas, inspirá-los e dirigi-los sem que o comunismo apareça nas primeiras filas de luta. Depois, manter o domínio sobre os partidos comunistas locais e organizações pró-comunistas, assim como sobre os sindicatos operários.

Nos países de independência recente e de uma maneira geral nos países subdesenvolvidos da Ásia, África ou América Latina, a estratégia anterior anticolonialista é completada, porém, por uma táctica especial, desenvolvida em três fases destinadas a encaminhar estes países para o que se chama o «neutralismo positivo», e assim desligá-los do Ocidente. Segundo esta orientação, este países devem manter uma posição de aparente equilíbrio entre o comunismo e o mundo livre. Mas, na realidade, o neutralismo positivo só favorece os progressos do comunismo. E, assim, vejamos.

Em muitas das antigas colónias manifesta-se um nacionalismo agressivo determinado pelos movimentos de autonomia e independência e dirigido, em geral, contra o Ocidente e, em especial, contra os seus antigos tutores. Em certos países da América Latina existem também gérmenes de um antagonismo crescente contra o predomínio dos Estados Unidos da América e, no próprio coração da nação americana, o comunismo internacional estimula os sentimentos racistas e anti-racistas, provocando uma agitação contínua das populações brancas e negras.

A intensificação destes sentimentos racistas e nacionalistas impede o desenvolvimento, na opinião pública, de certas críticas emitia o imperialismo e colonialismo soviéticos. Aliás, essas críticas contra a União Soviética são consideradas pela doutrina do «neutralismo positivo» como «não amigáveis». Nas opiniões públicas desses países geram-se, assim, sentimentos de ódio contra o Ocidente o simpatias a favor do comunismo, cujas terríveis realidades são ignoradas. Em muitos países africanos, por e institutos. Podemos mandar, para vós, os nossos professores e vós podereis enviar à Rússia os vossos estudantes. Fazer o que melhor vos convenha.

E é assim que sob as aparências de assistência técnica e cultural ao mundo subevoluído, a Rússia o China vão realizando a infiltração economiza e política dos comunismos eslavo e amarelo.

A operação de infiltração segue normalmente, o seguinte plano, que se tem realizado em três fases.

1.ª fase - Fazem-se ofertas bastante prometedoras aos países subdesenvolvidos, exaltando as possibilidades imensas que representa uma potência de 216 milhões de habitantes (a U. R S S ) com os seus satélites europeus ou dos 600 milhões de chineses, quer para a companhia, quer para a venda. Oferece-se a estes países o que lhes falta. Promete-se-lhes depois comprar o que produzem a mas e costumam exportar para o Ocidente. Os primeiros acordos são sempre vantajosos para e país não comunista Moscovo vendeu ... a Nasser e petróleo à Argentina a preços inferiores aos do mercado internacional, o que não nos deve admirar se tivermos em linha de