ordem das parcelas é arbitrária, a integração não significa que se «encaixem» na metrópole as parcelas ultramarinas, mas antes que se reunam todas as parcelas num só resultado - será esse resultado o Portugal sem fronteiras políticas e administrativas a separar a metrópole territórios ultramarinos, a Pátria-Nação euro-afro-asiática, objectivo último do ideal português.

O Sr Lopes Roseira: - Muito bem!

O Orador: - A integração que a Constituição nos promete não é, pois, um fim, mas antes um meio (...) e dinâmico de Portugal se realizar na sua missão ecuménica. É o meio, e o único meio, de se pôr termo a privilégios concedidos a grupos minoritários de raça branca, a situações de injustiça que nem por serem contrariadas pela lei deixam de ser reais, às dificuldades de expansão e unificação económicas, às tendências de segregação racial que se enquistaram aqui e ali em algumas das nossas províncias africanas, às lutas fratricidas que ensanguentaram a Nação.

O Sr Lopes Roseira: - Muito bem!

O Orador: - Só ela, com o arrumar da Lei Orgânica do Ultramar, da Reforma Administrativa Ultramarina a e do Ministério do Ultramar, permitirá estabelecer nos territórios o sistema administrativo que usufruímos na metrópole, concorrendo, assim, para uma boa e sã descentralização administrativa.

O Sr Lopes Roseira: - Autêntica!

O Orador: - A integração não significa, portanto que tenham de subir ao Terreiro do Paço todos os problemas de administração que se levantam na vida do dia a dia das províncias. Seria tão funesto como terem de subir ao Restelo. Mas isto, repito, nada tem que ver com integração urutarista ou com federalismo. A integração pode e deve justapor-se a descentralização administrativa, tal como a Constituição prevê.

O Sr Vaz Nunes: - Muito bem!

O Orador: - O que hoje temos é uma espécie de federalismo, apenas limitado por uma centralização administrativa externa. Ou seja, a antítese dos sãos princípios constitucionais.

Todos nós desejaríamos ver realizada a onstituição. Mas para isso há que começar por se rever o seu texto, para dele se desentranharem os princípios de contradição que lá se enquistaram.

Esta tarefa, Sr. Presidente e Srs. Deputados irá passar à próxima legislatura. A ela poderá caber tal honra e tamanha responsabilidade. Mas estou certo de que também nós, os da presente legislatura, podemos ainda fazer algo por um Portugal melhor.

Aproxima-se o momento das eleições para escolha do Presidente da República, e ao colégio eleitoral, de que esta Assembleia faz parte, caberá a última palavra. Pois que seja também desta Assembleia a primeira, num apelo à União Nacional para que esta se lembre de que os cidadãos elegíveis não são só os metropolitanos de pele branca. Parece-me ser chegada a alt ura de pensarmos nos reais valores que existem entre os naturais das nossas províncias da África e da Ásia. Só assim nos realizaremos plenamente. E nem valerá a pena irmos à procura do exemplo de Roma e de Adriano. Em primeiro lugar porque o nosso exemplo de expansão é único, pela sua feição humana, que não tem paralelo na expansão conquistadora de Roma, e, depois, porque de nada vale falar-se de Adriano e de Roma só para se afirmar que idêntico fenómeno é possível entre nós. Não interessa que seja possível, interessa se tome uma realidade.

Que se eleve pois um natural do ultramar à mais alta magistratura da Nação, para nos darmos prova da realidade ecuménica de Portugal e prestarmos às províncias tropicais a justiça de se reconhecer que as responsabilidades e os direitos que conquistaram no seio da Nação são precisamente os mesmos desta velha Lusitânia. Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

mpõe pleno apelo a todos os recursos realizadores da sua atracção.

Vozes: - Muito bem!

sejam os primários os direitos da investigação e da ciência, esse incalculável repositório dos tempos de outrora pode assumir para o turista de hoje.

Lá fora os desdobráveis turísticos frequentemente incluem grutas entre as atracções salientes, e quem percorre estradas topa, não poucas vezes, sinalizações de convite à visita a uma gruta das cercanias, à qual um ramal, mais largo ou mais estreito, permite chegar