sidente da República as suas felicitações e agradecimentos pelo alto serviço prestado à Nação.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Que cada vez mais o povo português tem a profunda consciência do que representam as províncias de além-mar na unidade da Pátria demonstrou-o eloquentemente a vivíssima reacção causada pela ocupação violenta dos enclaves de Dadrá e Nagar Aveli, levada a efeito por elementos irresponsáveis, manifestamente protegidos pelas autoridades da união Indiana.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Tudo indicava estar-se perante o início duma ofensiva para a anexação de Goa, Damão e Diu ao vizinho estado estrangeiro. Felizmente que a actuação oportuna, inteligente e firme do nosso Governo, apoiado por um movimento popular de espontaneidade irreprimível e a que correspondeu a atitude patriótica dos portugueses da índia, fez gorar essa ofensiva.

O perigo, porém, não passou e o Governo tem continuado vigilante e activo. Esta Câmara tem vivo prazer em poder testemunhar ao Sr. Presidente do Conselho a gratidão, a confiança e o apoio do País em questão de tamanho alcance nacional.

Aplausos gerais.

E quer significar ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, seu antigo membro, a simpatia e o aplauso com que acompanhou e acompanha a sua acção. Quando na reunião plenária de 27 de Novembro de 1950 dei notícia da entrada para o Governo do Digno Procurador Paulo Cunha acrescentei que o Governo ganhava um Ministro «inteligente, zelosíssimo, culto e enérgico». Sabia bem, ao dizê-lo, que não me enganava, e os factos ai estão a confirmá-lo. Que S. Ex.ª aceite saudações calorosas dos seus antigos colegas nesta Casa.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Como VV. Ex.ªs sabem, faleceu o Presidente dos Estados Unidos do Brasil, Getúlio Vargas, grande amigo de Portugal e dos Portugueses.

Logo que se soube a notícia, fui apresentar as condolências da Câmara ao Sr. Embaixador do Brasil, que veio a esta Casa, depois, fazer o seu agradecimento.

Também faleceram desde a última reunião plenária alguns antigos Procuradores. Foram eles: o general João Baptista de Almeida Arez, que fez parte da secção de Política e economia coloniais nas duas primeiras legislaturas; Joaquim Roque da Fonseca, representante do comércio armazenista durante quinze anos e que pôs no exercício do seu mandato um entusiasmo, uma dedicação e um zelo em que poucos o excederiam; e Mons. Amadeu Ruas, que representou os prelados do ultramar em cinco legislaturas. Todos, pois, colaboraram connosco durante largos anos e deixaram em todos os seus colegas as melhores recordações. Proponho que na acta de hoje fique exarado um voto de profundo pesar por estes falecimentos.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Vasco Lopes Alves: - Sr. Presidente da Câmara Corporativa e Dignos Procuradores: desejo, antes de mais, Sr. Presidente, no início desta sessão legislativa, apresentar a V. Ex.ª as minhas saudações, manifestando-lhe quanto me desvanece entrar num novo ciclo de trabalho sob a sua alta orientação.

Tem sido privilégio meu, que extremamente prezo, manter continuado contacto com a sua aprumada personalidade, lucrando constantemente com as lições do seu muito saber e podendo apreciar de perto a sua invulgar isenção, a sua independência de carácter e a sua clarividente compreensão dos homens e das coisas.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

expressiva da interpretação que damos a esse facto, situando-o entre os mais significativos factores que, nestes últimos tempos, têm contribuído para afirmar a unidade inquebrantável dos nossos territórios.

Devo justificar-me por ter chamado a mim a incumbência de com este propósito, traduzir sentimentos e intenções da Câmara. Não invoco para tanto mais do que uma modesta qualidade, mas que só sei citar com aparente orgulho: a de ter passado longos anos, talvez os melhores da minha vida, numa dessas províncias de além-mar, na portentosa terra de Angola, tão diversa de aspectos na sua imensa vastidão como é uniforme no alto grau do sentimento pátrio; tão distante fisicamente do solo da metrópole como espiritualmente se encontra junto dele e de todos os recantos da terra portuguesa que se espalham pelo Mundo.

Na parte que à Câmara compete, na interpretação da consciência e do pensamento da Nação, cumpre-nos deixar vincado, perante essa modelar figura de homem e de o extremo rarear das vezes que, por essas mesmas circunstâncias, ele pode repetir-se; e, acima de tudo, o prestígio pessoal do Chefe do Estado