e o respeito pelo regime político que nele encontra a sua culminante representação.

Vozes: - Muito bem!

partirmos, o Sr. Presidente do Conselho:

Não íamos em busca de moldar um facto político; não tinha cabimento pensar-se, nessa altura, em quaisquer intenções de ordem comercial; não tínhamos em vista acordos militares; íamos simplesmente agradecer.

O Brasil viera ter connosco para representar-se em festa nossa e sua, numa manifestação de afinidades que pairavam erguidas num conceito moral; e Portugal voltava ao seu encontro também no alto nível de intenções que apenas se desenham no plano da afeição e na ordem do espírito.

Veio-me ao pensamento toda a magnitude que o Chefe do Governo soube imprimir a esta passagem da vida portuguesa - que ambos temos a felicidade de contar também entre os mais gratos episódios da nossa própria vida - ao ler a mensagem que o Sr. General Craveiro Lopes dirigiu ao País, indistintamente aos seus compatriotas de aquém e de além-mar, quando se encontrava prestes a partir para a excelsa missão que o levou a África.

O que S. Ex.ª por toda esta soma de razões, continua a lusitanidade a mostrar-se intransigentemente viva onde quer que algum dia tivéssemos gravado um traço de presença.

Por isso se passa um facto singular nos nossos territórios de qualquer continente: o de não existir nessas paragens quem haja de citar a terra em que nasceu e pense em empregar qualquer outra expressão sem que orgulhosamente se diga português.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - Sr. Presidente e Dignos Procuradores: ao querer dar tradução aos sentimentos que a todos nos dominam na grata evocação deste facto histórico que se fica devendo ao Chefe da Nação, não quero ser culpado de pôr no esquecimento todos os que ofereceram a sua diligência e o seu entusiasmo para materializar-

lhe o pensamento e moldar-lhe o propósito.

Envolvo nesta lembrança todos os executores da vontade de S. Exa., tanto aqui como em África; todos os que souberam superar com devoção o seu patriótico dever, desde os mais modestos àqueles a quem compete a superior missão de governar.

Destaco a figura do homem público que, na gerência da pasta do Ultramar, sintetizou uma vez mais os melhores atributos de um homem de Governo, provando inteligência esclarecida e alta capacidade de empreendimento.

E evidencio em lugar de honra o magnífico papel que a si soube chamar, em cruzada de afecto e conforto moral às mulheres portuguesas do ultramar, a alta personalidade da ilustre esposa do Chefe do Estado, que com ele compartilha do preito e homenagem que a ambos tributamos e a quem tornamos extensiva toda a nossa profunda gratidão.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente e meus caros colegas: tenho de socorrer-me, para saber terminar, do nível e do porte das palavras do Sr. Presidente da República na sua mensagem de regresso, na qual S. Ex.ª traduziu toda a essência do seu pensamento, na qual se contém toda a compreensão desta viagem pela gente da metrópole e pela do ultramar:

«Ficámos mais ligados, conhecemo-nos melhor e assim se reforçou o sentimento da unidade».

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Fernando Quintanilha Mendonça Dias: - Sr. Presidente: ao usar da palavra pela primeira vez nesta Câmara peço a V. Ex.ª que aceite as minhas respeitosas homenagens, a que tem direito pelo aprumo e dignidade como desempenha as suas elevadas funções, e aproveito para lhe manifestar a minha maior admira-