Capacidade de produção da Indústria de conservas de peixe em azeite ou molhos (Em percentagem do respectivo total)

(ver tabela na imagem)

(a) O limite anterior indicado em cada classe inclui-se que se segue imediatamente.

C. - Capacidade.

(Fonte: elementos fornecidos pelo Instituto Português de Conservas de Peixe).

A observação deste quadro leva a concluir que 44 por cento da capacidade total da produção da industria de conservas de peixe em azeite ou molhos se distribua por 28 por cento dos estabelecimentos fabris com uma capacidade individual superior a 40 000 caixas. Verifica-se, porém, que 21 por cento desses estabelecimentos se situam nas classes de 40 000 a 60 000 caixas anuais, representando 30 por cento da capacidade total.

Se se passar à análise da situação nos diversos centros verificar-se-á que:

Em Matosinhos, 50 por cento aproximadamente da capacidade teórica de produção do centro se distribuiu por 38 por cento de estabelecimentos fabris, entre 40 000 o 70 000 caixas, mas apenas 4 por cento dos estabelecimentos, com 7 por cento de capacidade, se situam individualmente entre 60 000 e 70 000 caixas.

Nota-se assim o fraco «peso» das unidades de maior dimensão.

Peniche dispõe apenas de seis estabelecimentos fabris; 17 por cento do» mesmos, com uma capacidade de 100 000 a 110 000 caixas, absorvem 27 por cento da capacidade total. Porém, 60 por cento da capacidade pertence a 60 por cento de estabelecimentos entre 50 000 e 70 000 caixas, o que aproxima a curva deste centro da linha de igual distribuição.

Em Lisboa, 60 por cento dos estabelecimentos de maior dimensão (entre 20 000 e 60 000 caixas)absorvem 75 por cento da capacidade total, pertencendo 20 por cento desta a 10 por cento de estabelecimentos de 50 000 a 60 000 caixas, o que denota o «peso» de unidades médias.

Em Setúbal 56 por cento das fábricas de maior dimensão, cujo limite é idêntico ao de Lisboa, absorvem 68 por cento da capacidade total.

m Lagos, 48 por cento da capacidade total do centro é distribuído por 20 por cento dos estabelecimentos, com uma capacidade individual situada entre 50 000 e 70 000 caixas, correspondentes às classes de maior dimensão, tornando-se assim frisante o «peso» destas no conjunto.

Em Portimão, 43 por cento da capacidade total corresponde a 26 por cento dos estabelecimentos de maior dimensão, distribuídos entre 40 000 e 80 000 caixas, o que denota também o «peso» das unidades médias.

Em Olhão, 77 por cento da capacidade corresponde a 67 por cento de estabelecimentos fabris, na maioria entre 20 000 e 40 000 caixas. Já a curva de concentração se aproxima mais da linha de igual distribuição.

Em Vila Real de Santo António dominam as unidades de tipo médio: 48 por cento da capacidade do centro pertence a 27 por cento dos seus estabelecimentos fabris situados entre 60 000 e 110 000 caixas anuais.

Concentração da indústria de conservas de peixe em azeite ou molhos

(Em percentagem total)

(ver tabela na imagem)

(a) O limite superior indicado em cada classe inclui-se na que segue imediatamente.

Se em lugar dos estabelecimentos fabris se observar o comportamento das empresas, que constituem, sem dúvida, unidades de maior interesse económico, ser-se-á conduzido a registar que um pouco mais de metade (53 por cento) da capacidade total da indústria é preenchida por 27 por cento das empresas, podendo assim concluir-se que, embora não seja grande a concentração na indústria de conservas de peixe em azeite ou molhos, as unidades tipo médio exercem certo «peso» no conjunto.

Ressalve-se, contudo, que as considerações formuladas se baseiam em valores teóricos de capacidade de produção; além disso, só depois de profundo estudo técnico