trições quantitativas à importação nos países da zona do dólar.
exportação em clima normal (o anterior a guerra) e no ano findo, pode inclinar-nos a supor que, neste último, ultrapassámos em todos os mercados, com excepção da França, a posição de fornecedores que ocupávamos em 1938. Esta conclusão, a ser verdadeira, impor-nos-ia que considerássemos prudentemente as 40 000 t vendidas em 1954 como um nível de exportação que as organizações comerciais deveriam procurar manter, por altamente satisfatório.
O objectivo deste exame foi averiguar da tendência do consumo e determinar as posições relativas de Portugal e dos seus principais concorrentes como fornecedores desses países.
Porque se trabalhou com estatísticas estrangeiras e porque varia, de uma para outra, a composição aos grupos estatísticos, é de admitir algum erro nos quadros que se apresentam. Não se crê, no entanto, que o erro possível altere o sentido das conclusões.
Lamenta-se que o exame não abranja o ano findo: isso se deve ao facto de não terem vindo a lume as publicações a ele referentes.
Importações de conservas de peixe efectuadas pela Alemanha
(ver tabela na imagem)
(a) Importação em toneladas.
(b) Posição do país fornecedor, expressa em percentagem da quantidade total Importada na Alemanha.
(Segundo a estatística alemã)
É de registar a expansão da capacidade do consumo neste mercado, que com a guerra sofreu, sensível amputação.
De notar é também a quebra da nossa posição relativa como fornecedores em clima de liberdade de comércio: de 1952 para 1953 a nossa exportação aumentou cerca de 1000 t. Apesar desse aumento, a posição relativa de Portugal como fornecedor baixou de 74,6 por cento em 1952 para 55 por cento em 1953. Esta perda beneficiou quase exclusivamente a produção de Marrocos, que viu elevada de 18,2 por cento para 38,1 por cento a sua posição.
Não será pessimismo o dizer-se que a indústria tem de olhar com atenção o mercado da Alemanha, onde dominam as conservas de sardinha e onde cresce a capacidade do seu consumo.
É conhecida a importância deste, mercado e a nítida preferência que dava ao nosso produto. As alterações que a guerra introduziu na estrutura das classes consumidoras, a irregularidade com que o mercado foi abastecido nos últimos anos, o facto de o Reino Unido consumir conservas de peixe de toda a espécie, impõem se trate com o maior cuidado a organização de vendas ha Inglaterra, que possui capacidade para consumir muito mais do que as 10 000 t adquiridas no ano findo.
As informações sobre o mercado levam-nos a concluir que, apesar da produção metropolitana e do tratamento aduaneiro preferencial dado ao Marrocos Francês, teremos possibilidade de ver a nossa exportação multiplicada por três ou por quatro quando o mercado entrar em regime de liberdade. De resto, no que toca às conservas de sardinha, Portugal é para o mercado francês o seu único fornecedor estrangeiro.
Importação de conservas de peixe efectuada pela França
(ver tabela na imagem)
(a) Importação em toneladas.
(b) Posição do país fornecedor, expressa em percentagens de quantidade total importada na Alemanha.
(Fonte: estatística francesa).
1 Para alguns países não foi possível conhecer o movimento de importação referente as conservas de sardinha.