Entretanto, entende-se ser conveniente recordar que, nos termos da base II da Lei n.º 1971, de 15 de Julho de 1938, suo objecto de aprovação pela Câmara Corporativa os planos complementares de coordenação dos baldios do sul do Tejo e ilhas adjacentes. Nesta ordem de ideias, já foram objecto do parecer da Câmara Corporativa os planos complementares da ordenação do sul do Tejo e ilhas adjacentes.

Por serem muito reduzidos os baldios ao sul do Tejo não foi organizado nenhum plano geral para a sua arborização. Em contrapartida, foi publicada a Lei n.º 2069, de 24 de Abril de 1954, que estabelece as normas de arborização das propriedades particulares e das facilidades que são dispensadas para a sua execução. Neste sentido estão em estudo arborizações em Mértola e Castro Verde, e também em Macedo de Cavaleiros e Mogadouro, concelhos onde foi feito o cadastro geométrico da propriedade.

Exame na especialidade São de pequena importância os baldio» municipais do concelho de Barrancos, visto os mais importantes - o baldio da Torrita e a serra Colorada, incluídos no projecto em análise - terem a superfície total de 249,85 ha e serem os únicos que oferecem condições para o aproveitamento florestal.

Destes dois núcleos a Câmara Municipal de Barrancos reservou para si o direito de explorar o baldio da Torrita enquanto não julgue conveniente a sua entrega à administração dos serviços florestais. Resulta desta circunstância ter a arborização prevista de ser feita em duas fases. A inicial será a do aproveitamento florestal do baldio da serra Colorada, numa extensão de 105,5 ha. O projecto estuda com pormenor as condições naturais do concelho de Barrancos, região eminentemente dedicada à exploração cerealífera e à pecuária, e faz referência à importância relativa que teve a exploração de minérios, nomeadamente o cobre, hoje paralisada.

Frisa também o facto de, pelo número médio de dias de chuva por ano - em média cinquenta-, ser a região do Baixo Alentejo onde as chuvas são menos frequentes.

Todo o concelho de Barrancos assenta numa mancha de silúrico e, como tal, as terras que o constituem são, na grande maioria, de camada, arável pouco profunda e, consequentemente, de fraco nível de produtividade.

Pelos elementos do Instituto Geográfico e Cadastral respeitantes ao cadastro geométrico da propriedade rústica, a superfície agrícola distribui-se da seguinte forma:

«Ver quadro na imagem»

Por sua vez a estatística agrícola apresenta os seguintes números referentes à produção agrícola (médias do quinquénio 1948-1952):

Área semeada - 1623 ha.

Produção - 10 718 q.

Área semeada - 369 ha.

Produção - 4154 hl.

Aveia:

Área semeada - 1218 ha.

Produção - 12 235 hl.

Área semeada - 119 ha.

Produção - 433 q.

Área semeada - 80 ha.

Grão-de-bico:

Área semeada - 97 ha.

Produção - 342 hl.

Azeite:

Produção - 605 hl.

Produção - 25 t.

Criadores - 15.

Lã manifestada - 16 758 kg.

Nas terras mais fundas, em geral em regime de pequena exploração (cerca de 500 ha), as (rotações culturais mais frequentes são:

Nas terras mais delgadas, em terra limpa (cerca de 2000 ha), em sobcoberto de azinho (cerca de 10 000 ha) e em sobcoberto de olival (cerca de 200 ha), as principais rotações são: