Assim, prevê-se que se despenderá com a arborização de:

Trabalhos de plantação ..... 186.967$10

Trabalhos de rega 439....... 539$38 ...... 626.506$48

Trabalhos de plantação de 50 ha 88.610$00

Trabalhos de rega 208.312$50

Sementeira de bolota de azinho em 41,3250 ha 27.171$18 324.093$68

Total ........ 950.600$16

5 por cento para impostos ....... 47.530$00

999.000$00

ou sejam, em números mais expressivos, 1:000.000$.

Não figuram no orçamento as verbas a despender em obras consideradas indispensáveis, mas que só mais tarde serão realizadas, como seja a construção da casa do guarda (cerca de 60.000$), a instalação da linha telefónica ligada da casa do guarda à linha geral, os caminhos florestais que se julguem necessários no baldio da Torrita, etc.

Afigura-se, no entanto, que seria conveniente que no projecto para a avaliação dos encargos totais figurasse, pelo menos, a estimativa destes empreendimentos.

Verifica-se, portanto, que a arborização dos baldios em causa - o seu diminuto rendimento anual médio, cerca de 7.500$, para os quais as pastagens concorrem apenas com um terço, revela a sua reduzida importância - em nada virá a prejudicar a pecuária, para a qual se reservou ainda 44 ha de pastagem. Em contrapartida, espera-se com a arborização, não só melhorar as condições climáticas locais, como assegurar, pela exploração das madeiras, maior e mais regular utilização da mão-de-obra.

III Em face do oposto, e dado que se está em presença de um projecto meramente técnico, elaborado ao abrigo da legislação em vigor, a Câmara Corporativa emite o parecer de que deve ser aprovado e que trabalhos de natureza executiva, como o presente, não justificam serem submetidos à apreciação desta Câmara. E é mais de opinião que deverão ser uniformizadas as normas a que obedeça o seu despacho.

José Carlos Casqueiro Belo de Morais.

José Monteiro Júnior.

José Lopes Ramos.

António Mendes Gonçalves.

António Carlos de Sousa.

Ezequiel de Campos (de há muitos anos julgo essencial que se realize por todo o nosso território a defesa da erosão; e por isso que, simultaneamente com a sementeira e a plantação de árvores no perímetro florestal de Barrancos, se proceda por todo ele nos trabalhos de defesa da erosão, e ao mesmo tempo se defina o conjunto herbáceo mais proveitoso para os períodos de pousio - abandonando assim a prática tradicional da ervagem nascidiça).

Luís Quartin Graça, relator.

Reuniões da Câmara Corporativa no mês de Julho de 1955

Dia 14. - Conselho da Presidência.

Presidência do Digno Procurador 2.º vice-presidente da Câmara, em exercício.

Presentes os Dignos Procuradores assessores: Afonso de Melo Pinto Veloso, Fernando Quintanilha e Mendonça Dias, José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich, José Gabriel Pinto Coelho, José Penalva Franco Frazão, Júlio Dantas, Luís Quartin Graça, Luís Supico Pinto, Rafael da Silva Neves Duque e, secretário, Manuel Alberto Andrade e Sousa.

Assuntos relativos ao funcionamento interno da Câmara.

Dia 22. - Projecto de arborização do perímetro florestal de Barrancos.

Secções: Agricultura e pecuária (subsecção de Produtos florestais) e Interesses de ordem administrativa (subsecção de Finanças e economia geral).

Presidência do Digno Procurador 2.º vice-presidente da Câmara, em exercício.

Presentes os Dignos Procuradores: José Carlos Casqueiro Belo de Morais, José Monteiro Júnior, Pedro Vítor Pinto Vicente, José Lopes Ramos, António Mendes Gonçalves, Luís Manuel Fragoso Fernandes, António Carlos de Sousa, Ezequiel de Campos, Rafael da Silva Neves Duque e, agregado, Luís Quartin Graça.

Escolha de relator.