agrícola e industrial que assenta a nossa capacidade de progresso imediato, e sobre ela devo por isso incidir particular atenção. A situação monetária caracteriza-se, felizmente, pela sua estabilidade e solidez. O total dos meios de pagamento em poder do público não sofreu alteração sensível, nem tão volume nem na composição.

A circulação de notas do Banco de Portugal em 28 de Setembro do ano corrente mostrava-se superior à do fecho de 1954 em 33 000 cantos, correspondentes a uma baixa de 146 000 na emissão, resultante da ligeira queda nas reservas e da redução da carteira comercial do Banco, compensadas por alguns movimentos da sua distribuição, nomeadamente redução dos depósitos de bancos e banqueiros e, em menor escala, dos do Tesouro e da Junta do Crédito Público. As reservas de ouro e divisas, apesar disso, mantêm-se avultadas e muito acima dos limites legais. Na verdade, atingiam, em 28 de Setembro,- 18 812 000 coutos, com uma quebra de escassos 17 000 sobre o fecho de 1954, embora com acréscimo de 251 000 sobre as de igual data do mesmo ano. As garantias totais,

isto é, além das reservas, as outras rubricas do activo em condições de servirem de contrapartida à emissão de notas, atingiam 21 110 000. Quer disser: sendo a soma dos depósitos à vista s da circulação, em Setembro findo, de 19 £92 000 contos, as reservas de ouro e divisas-ouro quase as cobriam inteiramente (94,5 por cento) e as garantias legais daquelas responsabilidade» apresentavam sobre elas um excesso de anais de 1 200 000 contos. Para mostrar a solidez do sistema de emissão basta dizer-se que, na base dos números da sua situação no fim de Setembro, o Banco de Portugal se encontra habilitado a fazer face a qualquer emergência, por grave que seja, da balança de pagamentos ou das necessidades de crédito da praça, sem atropelo dos rígidos termos dos seus estatutos. Pelo que respeita ao mercado de crédito tem interesse, para fazer ideia da sua evolução mais recente, comporão os elementos principais ida situação dos bancos e das caixas económicas em fim de Junho do ano corrente com os de igual data e os do fecho do ano anterior, que constam do quadro seguinte:

(Em milhares de contos)

(Ver Quadro na Imagem).

Nota-se a tendência dos bancos para um aumento de distribuição de crédito, o que, junto à inversão do sinal do saldo da balança de pagamentos, explica a redução, em qualquer dos períodos considerados, da sua posição de caixa; esta, por sua vez, deve ter determinado, pelo movimento da rubrica «Caixa-Depósitos noutros bancos»,