O problema formativo da educação física, como todos os que respeitem ao ensino, ao deve ser considerado no conjunto, para que os seus aspectos, embora diferenciados, se interpretem e se articulem num todo homogéneo.

Uma sã orientação pedagógica não permite considerar isolada e separadamente a educação física primária, secundária ou superior, como no ensino universitário não é possível abstrairmo-nos da anterior preparação intelectual ministrada aos alunos.

A par do exemplo apontado do diminuto rendimento das práticas gerais da educação física infantil, desejo considerar outros dois exemplos, escolhidos entre muitos, pela sua importância pedagógica: preparação do professor e condições materiais didácticas.

Entre nós não há agentes de ensino em numero suficiente. A sua improvisação pode, na maioria dos casos, ser perigosa. Não é de esperar que o Instituto Nacional de Educação Física preencha de futuro a referida carência com o número dos seus diplomados no rmais. Duvida-se mesmo que, a continuar mantendo-se o extraordinário desnível de vencimentos entre os professores de Educação Física e os das restantes disciplinas, seja possível, proximamente, conservar-se o recrutamento indispensável para o ensino médio (liceal, técnico, comercial e agrícola).

O segundo exemplo respeita às condições materiais didácticas que assistem ao ensino oficial e particular. Neste último a sua carência é notável.

As condições precárias actuais no ensino particular só poderão modificar-se de acordo com um plano que, progressivamente, atenda às possibilidades financeiras dos estabelecimentos escolares.

Quanto ao ensino oficial, há que aproveitar mais criteriosamente as dotações orçamentais ou outras destinadas à construção das instalações e à aquisição e melhoria do material didáctico.

Esperemos de futuro para o problema da educação física uma solução que procure equacioná-lo na sua unidade orgânica, doutrinária e funcional, submetendo-o a uma planificação que o estruture nos seus elementos fundamentais.

Teremos visão falseada e incompleta do problema e sem a requerida projecção educativa e social se o não dotarmos de sólidos fundamentos científicos e pedagógicos e das bases e dos meios legais financeiros ou outros que a sua eficiência mínima requer.

Tento dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Ubach Chaves: - Sr. Presidente: tenho viva satisfação em poder saudar V. Ex.ª no alto cargo que por investimento unânime dos Dignos Procuradores foi chamado a desempenhar, para maior prestígio das instituições. Não posso esquecer que V. Ex.ª foi meu ilustre e digno professor e vivi a seu lado muitas das ardorosos batalhas pela instauração de uma ordem que visava o ressurgimento nacional. A V. Ex.ª deve a Revolução Nacional os mais assinalados serviços e sempre os prestou com isenção, saber e espírito de sacrifício. É me grato afirmá-lo neste momento de emoção que vive a gente da nossa terra.

Sr. Presidente: ainda se ouvem os clamores de socorro do povo que sacrificou a vida em defesa dos valores eternos da madre Europa!

É lhe devida nesta Câmara uma palavra de saudação, de aplauso e da mais sentida admiração.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - O seu martírio é de redenção. As lágrimas, as orações e as angústias de todos nós pertencem aos que partiram gritando as balas a sua vitória, na certeza de que o seu combate seria continuado e a terra bendita da Hungria voltaria a conhecer a liberdade e a eternidade das suas tradições. Perante os mortos, a nossa saudade de uma vida heróica. Aos que ficaram e tiveram a suprema honra de enfrentar a peito descoberto a fúria dos bárbaros há que manifestar-lhes a nossa irmandade e a ansiedade de ver o mundo ocidental retomar o combate na expansão dos autênticos ideais do cristianismo, vivendo e morrendo como souberam morrer e viver os que civilizaram o mundo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A Hungria deu a palavra de ordem ao Ocidente e proclamou o início da nova era da humanização da vida. Pela primeira vez, sem comando nem propaganda, a juventude do campo, das fábricas, das escolas e das casernas se levantou em armas na defesa, dos ideais permanentes dos povos: Deus, pátria, independência, liberdade, família e propriedade.

Vozes: -Muito bem!

a vida dos homens ou das nações.

Vozes: - Muito bem! Orador: - Ela, que tem de entregar-se à grande gesta de refazer a Europa, exige a nossa rendição perante tudo que possa dividir-nos e enfraquecer-nos. Considera em risco valores muito mais altos do que as formas de representação nacional ou de organização económica e impõe-nos moderação na defesa de princípios de comprovada transitoriedade.

Conhece a permanência e a grandeza do espírito e não ignora que as nações não conquistaram nem a paz nem a felicidade, depois de experimentadas tão diversas soluções na ordem política e na ordem económica. Por tudo isso proclama Deus como único Senhor e Juiz das consciências, a liberdade como condição da vida, a independência como razão de sobrevivência, a moral como imperativo das relações humanas, a família como altar de amor e caridade, a justiça como fonte de paz e a propriedade como estímulo ao trabalho.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A juventude que assim sente e pensa tem o direito de impor-nos uma atitude reflectida, para tirarmos das instituições existentes todo o partido tendencial da realização daqueles valores.

Vozes: - Muito bem!