Sem embargo deste volume de encargos, o investimento previsto foi excedido em cerca de 100 000 contos, conseguidos por autofinanciamento, por se reconhecer a necessidade de ampliação das instalações, de acordo com o programa traçado em 1936, para o que o fundo de reserva criado pela Lei n.º 1959 contribuiu com cerca de metade (Decreto-Lei n.º 37 651, de 12 de Dezembro de 1949).
O número de novos pedidos apresentados ùltimamente aos CTT atinge a média anual de dez mil, com tendência para subir, em consequência da expansão económica do País.
Quanto à qualidade e segurança do serviço, a maior parte das instalações dos CTT são incompletas ou necessitam de ser remodeladas, por impossibilidade de dar satisfação ao plano geral traçado em 1936.
b) Progressiva instalação de redes telefónicas locais em cabos subterrâneos (as redes em cabos sobem de 61 por cento para 75 por cento e a rede interurbana e regional de 14 por cento para 55 por cento);
c) Progressiva automatização telefónica interurbana;
d) Instalações de cabos telefónicos regionais nos principais feixes de grupos de redes a automatizar;
e) Instalação de cabos telefónicos interurbanos mais importantes entre centrais distribuidoras e na área de cada distribuidora;
g) Mecanização das centrais postais mais importantes;
h) Edificações para a acomodação de todas as instalações de telecomunicações e desenvolvimento da rede postal;
i) Aquisição de transportes mecânicos para construção e conservação das instalações de telecomunicações e para o dese nvolvimento da rede postal.
Contos
§ 7.º
Ponte sobre o Tejo
O desenvolvimento do País, e em especial o das regiões mais directamente afectadas pela existência do fosso constituído pelo estuário do Tejo, fez aumentar gradualmente o interesse do empreendimento. Por outro lado, o progresso geral operado nas últimas décadas da vida nacional conduziu à atenuação das dificuldades financeiras e técnicas que contrariavam a realização da obra, tornando esta cada vez mais acessível à consideração da administração pública.
Nem por isso, entretanto, a Administração perdeu de vista o problema, que continua a ser objecto de estudo, atento à evolução das circunstâncias que, sobretudo depois de construída a Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira, vieram a recomendar prioridade de consideração para um tratado mais a jusante do então encarado.
Ao contrário do que se previa, a construção da Ponte Marechal Carmona não diminuiu o interesse da obra em frente de Lisboa. Embora o tráfego naquela ponte tenha duplicado nos primeiros três anos do seu funcionamento, as estatísticas do tráfego na travessia do Tejo em Lisboa revelam que este continuou a registar a mesma taxa de aumento anual, sem reflectir qualquer repercussão do funcionamento da Ponte Marechal Carmona.
Pelo contrário, o surto de crescimento populacional das povoações fronteiras à capital, e em especial do concelho de Almada, fez surgir aspectos críticos que, apesar dos bons esforços para melhorar as condições da travessia fluvial, tudo indica que venham a avolumar-se em próximo futuro, tendendo-se ràpidamente para uma situação insustentável, sejam quais forem as medidas de condicionamento urbanístico regional que possam ser empreendidas para obviar a este estado de coisas.
Ao mesmo tempo, estas mesmas circunstâncias de intenso crescimento da torrente de tráfego entre as duas margens fez aumentar correspondentemente a viabilidade económica da obra necessária, em termos que podem simplificar muito a resolução do problema financeiro inerente a um empreendimento deste vulto.
Por outro lado, qualquer directriz partindo da zona central de Lisboa depararia com grandes dificuldades de ordem urbanística, além de que não seria a mais harmónica com os princípios orientadores da urbanização regional atrás esboçados.
A análise cuidadosa do problema, tendo presentes todos os aspecto significativos, levou a optar pelo estabelecimento da obra em íntima correlação com a Avenida de Ceuta, no que se refere à ligação rodoviária, e