6. a) Minas. - A verba atribuída a fomento mineiro é de 6000 contos. Destina-se a executar um reconheci, mento geológico-mineiro com o levantamento da respectiva carta, e ao estudo e montagem de um laboratório mineiro. Execução do plano rodoviário O dispêndio previsto sob esta rubrica é de 11 000 contos. Encara-se apenas o alargamento da plataforma de algumas estradas, o melhoramento da construção de pontes e a construção de novas rampas e cais de atracação para a travessia dos rios Zuari e Mandovi. Transportes ferroviários O caminho de ferro de Mormugão absorverá 48000 contos, para o reforço de algumas pontes, a melhoria da viu e o conveniente equipamento em material de tracção e circulante, bem como a montagem de oficinas. Aumenta-se também o número de desvios e o seu comprimento.

O tráfego internacional deste caminho de ferro foi totalmente suspenso, mas, em compensação, criou-se um tráfego interno de minério, que em 1956 atingiu 316000 tendo assim ultrapassado o tráfego de 1954. quando ainda havia movimento internacional, e que foi de 462000 t.

Este caminho de ferro é pertença duma empresa privada, por concessão, e espera-se que cerca de metade das necessidades de investimento sejam cobertas pelos lucros da exploração combinada porto-caminho de ferro. Comunicações fluviais Esta alínea absorve 3000 contos, sendo a maior parte destinada a execução dum programa de balizagem de rios e canais. Nada há feito neste sector e a navegação, mesmo a nocturna, baseia-se exclusivamente no conhecimento pessoal que os mestres das barcaças têm dos rios e canais que frequentam.

A desobstrução do canal de Combarjua - que tem interesse fundamental nas ligações de todos os cais fluviais, localizados na rede de canais do rio Mandovi, com o porto de Mormugão, uma vez que na época da monção se torna perigoso ou até impossível que as barcaças de minério atinjam Mormugão através da barra da Aguada - espera-se que possa ser executada por iniciativa privada, mas, se isto se revelar impossível, é natural que em futura revisão do Plano deva ser incluída neste. Gastar-se-ão no porto de Mormugão 60 000 contos. Tenciona-se proceder à aquisição de guindastes, melhoria do sistema de transportes dentro do porto, aquisição duma draga, execução de dragagens, pavimentação dos cais e remodelação dos feixes de triagem. Presentemente, e a expensas de um concessionário, está em construção uma instalação mecânica de carregamento de minério, bem como a central eléctrica a que se faz referência ao tratar da energia.

A justificação destas despesas encontra-se no contínuo aumento de carga movimentada, especialmente minério de ferro, que em 1952 foi de 955 000 t, para passar a 1608000t em 1955 e a 2033000 t em 1956. Em 1957 deve ter-se aproximado das 2500000 t.

Há, porém, a acrescentar que dos 2033000 t movimentadas em 1956 apenas 540000t passaram pelo cais, ou seja menos de 30 por cento. O grosso da tonelagem foi movimentado ao largo de barcaças e para barcaças, fundamentalmente porque os cais não deram vasão.

Sem instalações conve nientes de carga e descarga, os navios que demandam o porto de Mormugão para carregar minério têm ali demoras frequentemente superiores a trinta dias. o que origina perdas de dezenas de milhares de contos anuais, que. no final, vão incidir sobre o minério exportado. Na vigência do I Plano de Fomento construíram-se os aeródromos de Mormugão, de Diu e de Damão, bem como as instalações indispensáveis ao funcionamento destes.

Na construção das pistas não foi possível, porém (por não se encontrar localmente), utilizar a pedra mais adequada ao tipo de obra. Torna-se, por isso, indispensável continuar a prestar atenção às pavimentações feitas, por fornia a evitar a sua possível deterioração.

Foi assim prevista a execução duma segunda rega de asfalto para os três aeródromos, e que se estimou em 4000 contos para o conjunto. Instrução e saúde Construção e equipamento de instalações escolares Esta rubrica eleva-se a 14000 contos, sendo 8000 contos atribuídos à execução de parte dum plano de construção p instalação de escolas primárias e 6000 contos para a construção de edifícios, para escolas técnicas. Construção e equipamento de instalações hospitalares Esta rubrica atinge 11 000 contos. Conta-se com a construção de um pavilhão para infecto-contagiosos no hospital de Pangim e outros melhoramentos neste (7000 contos), com a construção de vários postos sanitários no distrito de Goa (1500 contos), com um posto médico em Diu, concelho de Brancavará (600 contos), e com a construção de um hospital em Damão (1900 contos).

A construção dum pavilhão de infecto-contagiosos em Paugim o indispensável. Os postos sanitários a construir no distrito de Goa fazem parte do programa de ocupação sanitária que, a todos os títulos, se torna conveniente executar. Em Brancavará pensa-se na construção de um posto médico, por ser um dos centros mais populosos do distrito e ficar a 15 km da cidade de Diu. A construção do hospital de Damão é exigida pelas condições de isolamento criadas ao distrito. Melhoramentos locais Abastecimento de água Com verbas inscritas no I Plano de Fomento foi possível encarar um programa de realizações que permitiu, em condições higiénicas, o fornecimento de água às cidades de Pangim, Margão e Vasco da Gama. bem como ao porto de Mormugão e vila de Pondá. Ficaram assim abastecidos a maioria dos principais centros populacionais da índia, faltando, porém, o abastecimento de água à cidade de Mapuçá. Entende-se, por isso, conveniente preencher esta lacuna neste Plano e inscrevem-se 19 000 contos para esta obra. Os restantes 1000 contos destinam-se ao estudo das obras de abastecimento de água a Damão e Diu.