que os 161 700 ha se dividem, deduzido do estudo dos afolhamentos presentemente praticados:

Grupo B - 1.1651 em 17 859 ha.

Grupo C - 256J23 em 10 634 ha.

Grupo D - 195$ em 52 089 ha.

Grupo E - 244f 83 em 41 417 ha.

Este rendimento entrou em linha de conta com:

10 por cento do rendimento de culturas para contribuição predial;

10 por cento do rendimento de culturas para grémios de lavoura, Casas do Povo e outros encargos ; 7 por cento das despesas de culturas para remuneração do empresário gerente; 5 por cento das despesas de exploração em oito meses para juro do capital de exploração; 3 por cento do valor igual a vinte vezes o rendimento da terra para juro do capital fundiário.

Os rendimentos líquidos citados dão uma média ponderada de 485$83/ha, ao passo que o rendimento líquido das rotações previstas para o regadio é de 3121$/ha.

O Plano considera modesto o resultado previsto, atribuindo-se a modéstia a prudência tida na escolha dos padrões dos afolhamentos de regadio de culturas pobres e também ao facto de ter considerado salários de 35$. Não se infere do Plano que. as culturas previstas (já atrás apontados) para o regadio dos 161 700 ha venham a ser efectivamente AS adoptadas quando,. passada a fase das obras, se cuidar do aproveitamento das terras beneficiadas. Trata-se mais de um esboço ou estudo do que de matéria que já se encontre assente.

Tais culturas irão sendo indicadas consoante os interesses nacionais aconselharem, mas, em primeira aproximação, considerou-se a intensificação das culturas forrageiras, para que haja mais carne, mais leite e as indispensáveis massas de estrume para manter a fertilidade das terras a irrigar.

Foi esta a base do estudo dos afolhamentos previstos para o regadio, considerando-se em primeiro lugar as forragens para a produção de estrumes as quais, como é sabido, são indispensáveis ao regadio, e admitiu-se a cultura do trigo na rotação, reservando-se as áreas não necessárias às forragens para culturas horto-industriais, com exclusão do arroz, para o qual não só não havia água suficiente, mas também porque as áreas orizícolas actuais já cobrem as necessidades do consumo.

Para os 161 700 ha do Plano, os valores actuais e os valores previstos da produção, das despesas culturais e do rendimento líquido foram calculados, em média, por hectare, assim: No que respeita à parte social, calcula o Plano que a execução das obras de ocupação a mais de 2 milhões de unidades-dia de trabalho por ano, acrescidas de mais de meio milhão pelo desenvolvimento das actividades agrícolas, comerciais, de transporte e outros serviços consequentes da sua realização.

Sendo presentemente a população activa agrícola dos 4 distritos beneficiados pelo Plano igual a 225430 indivíduos, com a disponibilidade avaliada de 52 801 792 unidades de trabalho/dia dos quais somente têm ocupação presentemente 185 261 indivíduos (43 392 848 unidades de trabalho/dia), o aumento de 2,5 milhões de unidades de trabalho representa o aumento de 5,7 por cento da população ocupada, subindo o coeficiente de emprego de 0,822 para 0,869. Prevê-se, com as obras, o dispêndio de 1,5 milhões de contos em salários, dos quais ficarão no Alentejo 1,2 milhões, ou sejam uns 66 600 contos por ano.

Por efeito da exploração agrícola do regadio, aos 66 600 contos poderão ainda aditar-se mais 227 000 contos por ano de salários das explorações, o que totaliza 293 600 contos, a partir da entrada em exploração dos regadios da 1.ª fase.

Supõe-se ainda no Plano que, quando os 161 700 ha estiverem em plena exploração, o montante dos salários subirá para mais 825 000 contos e o progresso do Alentejo crescerá sempre, impulsionado pelas obras realizadas, as quais põem ao dispor da província e do País água, alimentos, várias matérias-primas, energia e vias de comunicação, suscitando novas indústrias e actividades. As obras do Plano atribuem-se ainda outros benefícios, além dos já indicados pelo ordenamento hidráulico, tais como:

Abastecimento de água potável aos núcleos populacionais pelas albufeiras e pelos canais;

Ajuda à electrificação do País pela energia gerada nas centrais dos aproveitamentos e pela rede de linhas que o Plano exige;

Estradas, porque a realização do plano imporá a aceleração da rede de estradas do Alentejo, dando os barragens ajuda como pontes;

Caminhos de ferro, certamente levando a fecharem-se algumas malhas;

Navegação fluvial, esperando-se que permita melhorar a navegabilidade do Sado e do Guadiana pelo aumento dos caudais de estiagem;