educadora dos homens que asseguram a continuidade das famílias e a perpetuidade das pátrias, é atingida, a natalidade decai.

A baixa da taxa de natalidade é fenómeno comum à generalidade dos países.

No parecer desta Câmara referiu-se que anos últimos anos a natalidade tem decaído no nosso país por forma assustadora».

Na verdade, as taxas superiores a 30, que, sòmente com 8 excepções, se verificaram de 1886 a 1929, têm descido para 29 (anos de 1929, 1930, 1931 e 1932), para 28 (anos de 1933, 1934 e 1935), não ultrapassando 25 a partir de 1950.

Em 1941, último ano referido no aludido parecer desta Câmara, a taxa de natalidade foi de 23,75.

De então para cá a referida taxa tem-se mantido estacionária.

O Anuário Demográfico de 1959 refere as seguintes taxas de natalidade:

1946................. 25,35

1947................. 24,48

1953................. 23,45

Entre 1945 e 1959, as taxas de natalidade baixaram em todos os distritos, sendo a baixa mais acentuada no distrito da Guarda, em que passaram de 29,90 para 20,85; no de Castelo Branco, em que foram, respectivamente, de 26,10 e 19,69; e no de Santarém, que acusou as de 21,85 e 18,57 em cada um dos referidos anos.

Em Portugal, nos últimos 75 anos, a taxa de natalidade baixou 25 por cento.

Mercê de várias causas, as taxas de natalidade das cidades de Lisboa e Porto, ao contrário do que se verificou na maior parte dos países, subiram nos últimos anos.

Em Lisboa (cidade), foram em 1945 e 1959, respectivamente 14,82 e 19,98. No Porto (cidade), a diferença foi mais acentuada, porquanto a taxa de 22,12, de 1945, subiu em 1959 para 29,90, taxa que, no continente, só foi excedida pelas verificadas no distrito do Porto, que foi de 30,73, e no distrito de Braga, de 33,15.

Do quadro que a seguir se insere pode concluir-se que o maior ou menor grau de população rural ou urbana, ou ocupada em trabalhos agrícolas ou industriais, já não basta para caracterizar o fenómeno da natalidade no que respeita às taxas acusadas nos últimos anos.