nente ver-se-á correspondentemente reduzido, o que, na lógica da programação adoptada, importará um maior volume de êxodo rui ai Inversamente -uma vez que as variações de emprego nos sectores secundário e terciário se considerem dependentes do ritmo de expansão do próprio produto e se admite que a emigração global não exerce ainda provavelmente qualquer influência limitativa no crescimento destes sectores-, menores volumes de emigração conduzirão a mais lenta contracção da mão-de-obra ocupada na agricultura.

Quanto a duas actividades - serviços domésticos e serviços de saúde e educação -, supõe-se que os aumentos da produtividade seroo praticamente desprezíveis, dependendo directamente o volume de serviços prestados do número de pessoas ocupadas nestas actividades.

Fará todos os outros sectores estimaram-se os progressos anuais da produtividade, que provavelmente teriam lugar nos anos imediatos, a partir das tendências registadas no período de 1953 a 1960, supondo q ue estas continuariam a verificar-se na fase de desenvolvimento normal a partir de 1967, uma vez recuperado o ritmo de desenvolvimento interrompido em 1961.

Taxas médias de aumento da produtividade

(a) Como se torna evidente, a partir da lógica do Plano, os acréscimos da produtividade, previstos neste sector, são mais consequência de uma diminuição da mão-de-obra empregada na agricultura do que de aumentos reais da produtividade.

Para o período de 1965-1967 estimaram-se, porém, taxas superiores para as actividades em que a recuperação se espera sensível, uma vez que se entendeu que a expansão da produção não exigirá, nesses casos, expansão proporcional do emprego, antes, pelo contrário, será, em certa medida, favorecida pelo melhor rendimento das actividades já existentes - tal é o caso designadamente para as «Indústrias transformadoras», os «Transportes e comunicações» e os «Bancos e seguros».

No sector da «Agricultura e pesca» os acréscimos da produtividade surgirão como consequência das reduções da mão-de-obra aí ocupada em conjugação com as percentagens estimadas de acréscimo do produto de 1,2 por cento anualmente até 1967 e 1,5 por cento nos anos seguintes.

Em consequência, as taxas anuais de variação do emprego assumiriam para os diversos sectores noa períodos e hipóteses discriminados os valores seguintes

Taxas anuais de variação de emprego

Como regra geral, os ritmos de crescimento do emprego, no período abrangido pelo Plano Intercalar, prevêem-se superiores aos que se estimam para os anos seguintes sempre que os respectivos sectores registarem uma fase de nítida recuperação, assumindo valores idênticos no caso de a recuperação não existir ou ser pouco sensível.

Nas actividades produtoras de serviços estimam-se melhorias de produtividade muito limitadas, tendo, como consequência, vincados aumentos de emprego no caso dos «Bancos e seguros», «Serviços de educação e saúde» e «Serviços diversos», ao passo que no sector secundário as projecções prevêem fortes acréscimos de produtividade que absolverão parte apreciável dos efeitos sobre o nível do emprego dos rápidos acréscimos esperados para o produto, designadamente nas indústrias transformadoras e de construção e na electricidade.

No sector agrícola a diminuição da população activa empregada prevê-se que venha a surge como consequência e na medid a das necessidades de mão-de-obra das restantes actividades e da amplitude das correntes de emigração.

Supondo-se que o saldo migratório se mantém ao nível dos anos recentes (de 27 000 activos), as taxas de variação de emprego no sector agrícola seriam de 2 por cento no período do Plano Intercalar e de 4,5 por cento nos anos seguintes

Em consequência dos ritmos previstos para a evolução do emprego nas várias actividades e do peso relativo de cada uma delas, regista-se no quadro VIII a importância que cada actividade assumirá nos variações anuais do emprego.

Admitindo sempre a constância do saldo da emigração e partindo da hipótese provável de um aumento médio natural de activos de cerca de 43 000 em cada ano, o acréscimo de emprego nas actividades industriais e nos serviços só será possível pela redução correspondente do emprego agrícola - em média de 24 000 no triénio do Plano Intercalar, e de 46 000 entre 1968 e 1973.