Níveis e estrutura sectorial da formação bruta de capital fixo

A influência que o esforço de acumulação de capital exercerá nas indústrias de construção e obras públicas e nas indústrias produtoras de equipamentos mecânicos, eléctricos e de material de transporte tem também de ser considerada. Prevê-se que após 1967 o esforço de investimento incida em maior escala sobre estas últimas actividades do que sobre as indústrias de construção, em consequência de alteração da estrutura do investimento por sectores e da ligeira tendência para a crescente importância relativa dos equipamentos dentro de cada sector.

A proporção média em que a indústria de construção participará nos investimentos efectuados em cada actividade será muito variável, desde um máximo de 100 por cento para as casas de habitação ou de cerca de 90 por cento para a administração pública e os serviços de saúde e educação, até menos de 15 por cento para as indústrias transformadoras e de construção que investem predominantemente em material de transporte e e quipamento diverso adquirido, ainda em parte, no estrangeiro.

No conjunto, o investimento em equipamento diverso e em material de transporte corresponderá provavelmente a cerca de 43 por cento de formação de capital fixo, vendo posteriormente a sua proporção ligeiramente acrescida para cerca de 45 por cento.

Níveis e estrutura do investimento por tipos de bens

A adopção, para os anos de 1968 e seguintes, de taxas de acréscimo do produto superiores às tendências do passado implica a adopção paralela de projecções do investimento mais do que proporcionalmente elevadas.

Não se pode, também, esquecer que qualquer investimento exige um período de maturação, mais ou menos longo conforme os sectores de actividade, até permitir pleno aproveitamento das suas potencialidades produtivas. A intenção de prosseguir após 1968 um esforço de desenvolvimento mais acelerado implicará, assim, uma fase de transição na qual se opere a lápida aceleração do investimento até tendências compatíveis a médio e longo prazo com o mais elevado ritmo de crescimento do produto interno bruto. Em qualquer caso, a aceleração do ritmo de acréscimo do investimento não poderá praticamente concentrar-se num único ano, mas terá de processar-se ao longo de um período plurianual. Os primeiros anos do III Plano de Fomento deverão provavelmente ser dedicados a traduz ir em actuações concretas os reflexos e exigências da elevação da taxa de crescimento do produto, designadamente pela criação de maior capacidade real de investimento e pelo ajustamento dos mecanismos financeiros à canalização de maior percentagem da despesa nacional para a formação de capital.

As taxas de acréscimo e os volumes de investimento agora programados para o período de 1968-1973 estimam provisoriamente o esforço de capitalização requerido pela aceleração do produto, mas não tentam a sua atribuição rigorosa pelos seis anos abrangidos. O planeamento desta transformação, com o grau de realismo desejável, deverá ser concretizado a partir de programas sectoriais e projectos de investimento que avaliem o escalonamento dos acréscimos de capacidade requeridos para as maiores produções das diversas actividades e especifiquem o tempo de maturação dos investimentos necessários. A conveniente elaboração dos programas anuais para 1967, ou