No que se refere ao sector privado, começou-se por determinar a poupança mobilizável para o financiamento de investimento através do recurso às instituições de crédito e empresas seguradoras. Assinale-se que se julgou conveniente fazer preceder a determinação da capacidade de financiamento destas instituições do estudo, tanto quanto possível pormenorizado, da sua contribuição paia o financiamento do processo de desenvolvimento económico metropolitano nos últimos anos.
Pelo que respeita à capacidade de financiamento de «Particulares e empresas», com exclusão das anteriormente referidas, a insuficiência de elementos estatísticos globais significativos levou a realizar o seu estudo, embora se tenha consciência dos erros implícitos no esquema utilizado, através da análise da poupança formada e mobilizada no sector para a «formação bruta de capital fixo» e «variação dos stocks» no decurso dos últimos anos. Apresentam-se, contudo, elementos sobre o valor do autofinanciament o das empresas privadas, com o objectivo de fornecer elementos para uma mais conecta apreciação da contribuição potencial de «Particulares e empresas» para o financiamento do investimento.
Quanto à contribuição do exterior para o financiamento do investimento, Dão se torna legítimo, com base nos elementos de que se dispõe, precisar em que termos se virá a processar o recurso ao crédito externo.
Parece, contudo, poder dar-se um contributo para a decisão a tomar oportunamente pelo Governo, analisando, ainda que esquematicamente, os princípios orientadores do recurso ao crédito externo.
Todavia, pareceu conveniente proceder à revisão dos elementos apresentados nas contas nacionais por forma a adequá-los ao objectivo visado e a completar, na medida do possível, a informação fornecida.
Quanto ao primeiro aspecto, interessa principalmente salientar que se consideraram como receitas correntes do Estado o imposto sobre as sucessões e doações, a taxa de compensação e a sisa, e que se integraram neste sector as empresas públicas, ao contrário do procedimento adoptado pelo Instituto Nacional de Estatística na elaboração das contas nacionais, que classifica os impostos mencionados como transferências de capital e engloba as empresas públicas no sector produtivo. Por outro lado, coligiram-se todos os elementos possíveis sobre a actividade financeira dos fundos e serviços autónomos da Administração Central no intuito de obter um mais correcto conhecimento da formação da respectiva poupança, completando-se deste modo, e na medida do possível, os elementos apresentados pelo Instituto.
Nestes termos, a análise da formação da poupança no decurso dos últimos anos e a previsão do seu comportamento no próximo triénio abrange a actividade financeira da Administração Central - Orçamento Geral do Estado e fundos e serviços autónomos da Administração Central-, da Administração Local -autarquias locais e serviços autónomos das autarquias locais-, da Previdência Social e das empresas públicas.
Dada a natureza diversa dos processos adoptados para analisar a formação da poupança, referem-se separadamente as empresas públicas e os restantes subsectores do Estado.
Conta de operações correntes do sector Estado (a)