Depósitos bancários das sociedades de seguros (a)

A possibilidade de considerar o montante dos depósitos como capacidade de financiamento das empresas seguradoras implica que se pondere que:

1.º Pode considerar-se, no caso das sociedades nacionais, que os lucros distribuídos reduzem de igual importância os depósitos existentes em 31 de Dezembro Deste modo, os depósitos bancários das segui adoras nacionais atingiram apenas 285 000 contos em 1962,

2.º A necessidade de um conveniente fundo de maneio para os liquidações de sinistros de seguros directos e de resseguros aceites e de outros encargos que se estima represente cerca de 15 por cento dos depósitos bancários,

3.º Os montantes dos depósitos atrás indicados, referidos a 31 de Dezembro, podem estar afectados pela preocupação de apresentar elevado montante de disponibilidades.

Em resumo, a consideração da natureza dos depósitos bancários, de que se acabam de salientar os aspectos mais importantes, conduz a que se estime susceptível de mobilização para financiamento de investimentos no decurso dos próximos três anos cerca de 79 400 contos. Capacidade global do financiamento Tendo em atenção os elementos anteriormente apresentados sobre o comportamento das componentes da capacidade de financiamento, eleva-se a 1075 900 contos a contribuição potencial global da indústria seguradora para o financiamento de investimentos no triénio de 1965-1967. Particulares e empresas A escassez e a natureza de elementos disponíveis não torna possível conhecer, com um mínimo de segurança, a forma como se processa a formação da poupança no sector «Particulares e empresas».

Deste modo, pensa-se que só através de um indicador será possível estimar a capacidade de financiamento que virá a ser mobilizada pelo sector no período de 1965-1967. Com efeito, ao contrário do que seria de desejar, terá de partir-se para a previsão a efectuar da poupança aplicada pelo sector e não da poupança formada e, por outro lado, os elementos de que se dispõe para a individualização deste sector no conjunto da actividade económica e sobre o comportamento de algumas das componentes da poupança são por de mais insuficientes para conferir a estimativa em causa a desejada segurança. Pode obter-se um indicador da poupança mobilizada pelo sector «Particulares e empresas» deduzindo à formação bruta de capital fixo do sector privado acrescida da «variação dos stocks» a contribuição do sector Estado e das instituições financeiras, que anteriormente se analisaram, paia o financiamento do investimento bruto privado.

Obedecendo ao objectivo apontado, construiu-se o quadro que a seguir se apresenta.

Estimativa da poupança mobilizada pelo sector «Particulares e empresas»