Como elemento comparativo, apresenta-se ainda o valor daquele quociente num determinado número de países relativamente a 1962.
Deste modo, e tendo presente as limitações e condicionalismos a que já anteriormente se fez referência, parece possível concluir que o País pode prosseguir na política, dentro da orientação definida pelo Governo, de procurar em capitais externos o coadjuvante adequado para o incremento do ritmo de crescimento económico nacional.
Fontes
Estado Milhares de contos
Administração Central ...................... 16 009,8
Instituições de crédito e empresas seguradoras
Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência e Caixa Económica de Lisboa .... 4 338,5
Particulares e empresas
Poupança formada e mobilizável ............. 36 667
Todavia, a parcela detectada (70 851 300 contos) é apenas parte da poupança que se espera seja mobilizável no triénio 1965-1967.
Com efeito, a poupança detectada no quinquénio 1958-1962 representa apenas cerca de 87 por cento do investimento, como pode verificar-se pelo quadro XXII. Assinale-se, no entanto, que, praticamente, não se considerou, ao estabelecer aquela percentagem, a poupança dos Fundos e Serviços Autónomos e das Empresas Públicas, pelo que, ao procurar estimar-se a capacidade de financiamento da metrópole, haverá que deduzir à parcela detectada a poupança que se espera venha a formar-se naqueles dois subsectores - Fundos e Serviços Autónomos (2 103 000 contos) e Empresas Públicas (1 395 000 contos).
Assim, prevê-se que a capacidade de financiamento de investimentos no próximo triénio seja de 77 417 580 contos.
Assinale-se ainda que, para se chegar a capacidade de financiamento do sector, importa considerar, além da poupança corrente, as operações de capital - designadamente, a contribuição líquida do sector privado e do exterior para o financiamento de investimentos através do Estado,
b) Que se procurou determinar a capacidade potencial de financiamento de "Instituições de crédito e empresas seguradoras", o que implica, nomeadamente, que se admita que serão adoptadas as medidas necessárias à mobilização da capacidade actualmente disponível e da que se espera venha a formar-se no próximo triénio,
c) Que a estimativa da capacidade de financiamento de "Particulares e empresas" se baseou num indicador, a cuja natureza se fez referência, e não foi possível prever a capacidade de financiamento disponível no início do Plano, em consequência da insuficiente informação estatística e do condicionalismo que presidiu aos trabalhos preparatórios.
Nestes termos, e atendendo ao actual condicionalismo político-financeiro, não parece viável precisar a capacidade de financiamento que se espera venha a ser mobilizada no triénio, embora possa concluir-se que ela não se situará a nível muito inferior ao indicado.
(1) O valor obtido, que se calculou a preços correntes, teve por base as projecções da formação bruta de capital fixo apresentadas do capítulo anterior.