(...) dernas conquistas da técnica e limitada a sua interligação com outros ramos da indústria.

Atingiu em 1962 um valor global de produção de 3,6 milhões de contos e contribuiu para o rendimento nacional com um valor acrescentado de 700 000 contos (cerca de l por cento) Esta produção, ao contrário do que acontece na generalidade dos países da Europa, cresce a um ritmo que é inferior ao da produção industrial em geral e também ao que se verifica naqueles países

No período de 1958-1962, o valor global da produção cresceu a uma taxa média de 6,3 por cento, a qual não foi uniforme para o conjunto da indústria (resinosos, +10 por cento, adubos, +5,8 por cento, outras indústrias químicas básicas, +8,2 por cento, óleos, -1,3 por cento, tintas, vernizes e lacas, +14,4 por cento, sabões, sabonetes e óleos sulfonados, +0,3 por cento, outras indústrias químicas diversas, +6,4 por cento).

feia análise da evolução da indústria medida em toneladas, verifica-se um crescimento moderado nas indústrias inorgânicas mais significativas (ácido sulfúrico, 6,5 por cento, carbonato de sódio, 5,5 por cento, soda cáustica, 8,5 por cento) ou até uma contracção (sulfato de cobre e enxofre), uma expansão apreciável, embora de reduzido valor absoluto, na produção de amoníaco, um acréscimo muito sensível (13,4 por cento) na indústria dos resinosos, e uma estagnação na indústria dos óleos não alimentares.

Apesar de os domínios da indústria química portuguesa corresponderem, actualmente e na sua maioria, a actividades em fase declinante de rentabilidade- ácidos minerais, adubos e pesticidas clássicos, óleos e sabões, carboneto de cálcio, etc. , importa registar o esforço que está a ser feito no sentido de modernizar a fabricação de adubos (adubos mais concentrados), os estudos sobre a instalação da indústria petroquímica, com todas as suas consequências, particularmente no que respeita e produção de fibras, e a montagem, em curso, de novas unidades prod utoras de pesticidas de tipos relativamente recentes

Dentro dos componentes do custo de produção as matérias-primas têm uma incidência de cerca de 70 por cento e sabe-se que uma grande parte do seu valor á constituída por produtos importados, embora se desconheça exactamente qual a percentagem.

O valor acrescentado representa cerca de 25 por cento do valor da produção, percentagem muito inferior à da indústria química europeia (50-60 por cento) Apontam-se como excepções as indústrias das tintas, vernizes e lacas, dos fósforos e de perfumes e produtos de higiene, que têm valores acrescentados superiores a 50 por cento dos respectivos valores de produção.

A produtividade do pessoal da indústria química é baixa, quer pelas características das instalações, quer por falto de preparação da mão-de-obra

No que se refere ao valor do capital instalado, cifra-se ele em cerca de 3,6 milhões de contos - e o seu crescimento tem-se processado a um ritmo semelhante ao do produto* C por cento ao ano Admite-se que os investimentos realizados não tenham representado mais que 5 por cento do valor global da produção, sendo uma grande parte deste investimento (cerca de 70 por cento) destinada a manter a eficiência da exploração ou a elevar a capacidade de unidades já existentes, em consequência, tem sido muito reduzida a parcela destinada a actividades novas - o que constitui um factor negativo para a expansão da produção global

Atendendo ao destino do valor global da produção das indústrias químicas portuguesas, verifica-se que cerca de 80 por cento vai para o mercado interno e apenas 20 por cento se dirige e exportação Assim mesmo, os capitações de consumo interno mais significativas (ácido sulfúrico, anidrido fosfórico sob a forma de fertilizante, azoto) variam entre três quartos e um sétimo dos valores médios dos países europeus O volume total das exportações, no entanto, cresceu ao longo do último decénio, tendo-se registado os acréscimos mais sensíveis nas gorduras e óleos gordos, adubos e produtos farmacêuticos. Podem considerar-se como principais estrangulamentos à expansão das indústrias químicas a falta de um estudo de conjunto das matérias-primas que considere as suas transformações prévias e as interligações com outras indústrias, nomeadamente com as indústrias metalúrgicas, a falta de adequada qualificação do pessoal empregado no sector, o planeamento ainda deficiente da investigação nas Universidades, nos serviços públicos e na indústria privada, a carência de elementos estatísticos para fundamentar toda a política de investimentos. Objectivos propostos Quanto a estas indústrias, para além dos objectivos quantitativos que lhes foram assinalados, o objectivo que se encara a mais longo prazo é o de conseguir um crescimento a ritmo superior ao do crescimento da indústria em geral e que atinja ou mesmo supere a taxa de crescimento verificada nos países europeus da O C. D E. Investimentos Os industriais do sector indicam as seguintes estimativas de investimento no triénio. Produtos minerais não metálicos Evolução recente, situação actual e perspectivas O valor global da produção atingiu em 1962 cerca de l 930 000 contos, destacando-se no conjunto o cimento hidráulico, com cerca de 40 por cento do total. No período de 1953-1962 o incremento registado foi da ordem dos 100 por cento, o que corresponde a uma taxa média anual de crescimento de 8 por cento