A penetração no núcleo central das grandes cidades pelos grandes veículos de transporte público rodoviário é altamente inconveniente, pois a progressão é lenta, as manobras em arruamentos de características reduzidas provocam engarrafamentos no trafego urbano, há dificuldades de estacionamento e as instalações destinadas aos passageiros são muito deficientes.

Considerando todos estes aspectos e reconhecida a vantagem das estações centrais de camionagem, decorre naturalmente que estas devem ser construídas em locais onde melhor sirvam o interesse público Dentro deste critério, a localização em zonas da periferia do núcleo central exige que, ao mesmo tempo, se defina um plano de coordenação de transportes, que permita aos passageiros, apesar da mudança do meio de transporte, serem conduzidos ao seu destino com comodidade, rapidez e sem grande agravamento de encargos.

Com efeito, os utentes dos transportes rodoviários colectivos suburbanos e de longo curso passam a dispor de maiores facilidades e rapidez de deslocação e de escolha dos itinerários preferidos na área central do aglomerado urbano Também os concessionários terão a vantagem de terem reduzida a distância de transporte, com a consequente e importante economia de exploração e de tempo. Finalmente, as cidades vêem suprimidos vários problemas de tráfego. Os trabalhos programados para o triénio abrangem. Estações centrais de camionagem do Porto

Estação do Sul (Parque das Camélias) - Ficará situada no interior do quarteirão enquadrado pelas Ruas de Augusto Rosa, do Duque de Loulé, de Alexandre Herculano e do Sol e disporá de 37 lugares de cais e 44 de estacionamento.

Contos

Estação de Alcântara ................... 30 000 Estações centrais de camionagem do Porto

Estação do Sul (Parque das Camélias) ....32 000

Total ................90 000

O financiamento será assegurado por fontes internas adequadas e a execução dos empreendimentos fica a cargo do Ministério das Comunicações com a eventual colaboração de outras entidades. Os trabalhos a realizar no triénio de 1965-1967 consistem na concretização de parte do plano de cinco anos de remodelação e substituição do equipamento utilizado nos Transportes Colectivos do Porto.

Investimentos

Contos

Remodelação e substituição do equipamento

Prevê-se que o financiamento seja assegurado por fontes internas de capitais. A entidade responsável pela execução do empreendimento são os Serviços Municipalizados de Transportes Colectivos do Porto. Ponte sobre o Tejo Esta obra, incluída no II Plano de Fomento, foi iniciada em 1962, tendo prosseguido ao ritmo previsto durante parte daquele ano e nos anos de 1963 e 1964.

Pode considerar-se que estão realizados 50 por cento dos trabalhos de construção da ponte e dos acessos rodoviários, que compreendem a construção de cerca de 22 km de auto-estradas e 32 estruturas de betão armado e pré-esforçado.

O trabalho mais difícil e que poderia trazer algumas surpresas era o das fundações da ponte e das estruturas dos acessos, com particular referência ao grande viaduto com 1 km de extensão sobre a zona de Alcântara.

De acordo com o que já se previa, tiveram de se fazer alguns ajustamentos quanto a fundações, aliás de pequena importância em relação à grandeza da obra. Por outro lado, há ainda a necessidade de considerar a execução de alguns trabalhos complementares que ficaram paia estudo no momento da adjudicação da empreitada da ponte.

Na previsão que se fez dos dispêndios a realizar com a sua conclusão tudo foi tomado em consideração, não esquecendo ajustamentos de custo que resultam de alterações a leis vigentes no momento da adjudicação, nos termos das condições do contrato de construção, que faz parte integrante do Decreto-Lei n.º 43 514, de 25 de Fevereiro de 1961.

De acordo com o plano de execução do empreendimento, espera-se que ele fique terminado com algum avanço sobre a data prevista paia a sua conclusão - 5 de Fevereiro de 1967. Assim, tudo leva a crer que no Outono de 1966 este grande empreendimento possa entrar ao serviço. Prevê-se que o investimento a realizar na ponte sobre o Tejo no âmbito do Plano Trienal para 1965-1967 atinja 672 461 contos, dos quais 21 000 contos se referem a estudos, projectos, expropriações e fiscalização, a financiar pelo Orçamento Geral do Estado, e 651 461 contos correspondem à construção propriamente dita, também a financiar pelo Orçamento Geral do Estado com contrapartida em crédito externo negociado nos termos do contrato de execução da obra. A fiscalização da execução do empreendimento está a cargo do Gabinete da Ponte sobre o Tejo, do Ministério das Obras Públicas.