se colocam tanto no plano do alargamento da capacidade de alojamento, como no domínio das infra-estruturas com interesse para o turismo. As condições naturais do Algarve e da Madeira, particularmente as suas características climáticas e os atractivos das suas praias, bem como as preferências demonstradas pelas principais correntes turísticas estrangeiras que nos visitam, apontam a conveniência da promoção prioritária do desenvolvimento do turismo nestas duas zonas, cuja transformação em dois importantes centros turísticos contribuirá ainda valiosamente para a dinamização da vida económica destas regiões. A estimativa das necessidades de ampliação da capacidade hoteleira resulta directamente das previsões atrás referidas. Essa capacidade deve ser programada de modo a permitir satisfazer toda a procura do «mês de ponta», durante o qual, aliás, não será possível ir além de um grau de ocupação média de 85 por cento, não só porque a utilização integral da capacidade durante alguns dias do emes de ponta» não assegura a taxa de ocupação de 100 por cento em relação a todo esse mês, como, também, porque a falta de capacidade hoteleira em certa zona não pode ser compensada pela utilização da capacidade disponível em zonas diferentes. É de salientar que o desenvolvimento do turismo estrangeiro no nosso país está ainda numa fase inicial, não convindo, portanto, recusar clientes estrangeiros por falta de capacidade mesmo no «mês de ponta».

Obter-se-á, assim, a seguinte previsão sobre o número médio diário de dormidas no «mês de ponta».

O número de camas necessárias em hotéis e pensões para turistas nacionais e estrangeiros deverá, então, ser o seguinte.

A capacidade hoteleira em fins de 1964 pode estimar-se como segue:

Milhares de contos

Hotéis de luxo e de 1.ª classe ..................... 10,8

Pensões de luxo e de 1.ª classe, estalagens

Os objectivos em matéria de alargamento da capacidade hoteleira serão, assim, os seguintes: Na conformidade com o que precede e para a concretização dos objectivos citados se programam os investimentos turísticos prioritários para alargamento da capacidade hoteleira que a seguir expressamente se referem, bem como se preconizam as medidas de política turística consideradas necessárias, quer para a realização dos próprios investimentos, quer para que destes se possam retirar os efeitos estimados.

Os investimentos hoteleiros programados constituem, porém, apenas uma parcela do investimento global que se prevê venha a ser realizado no sector no triénio de 1965-1967. Com efeito, outros investimentos turísticos se programam ainda, ficando, porém, a sua realização condicionada à capacidade da construção e às possibilidades financeiras a determinar nos programas anuais de financiamento do Plano Deverá ser também provável que outros investimentos em serviços diversos, indispensáveis para satisfazer o acréscimo previsto da procura turística, venham a realizar-se espontaneamente. Na verdade, a criação da capacidade hoteleira necessária e das infra-estruturas complementares será provavelmente acompanhada por volume suficiente de iniciativas privadas quanto a restaurantes e cafés, estabelecimentos de diversões, instalações desportivas e serviços pessoais, actividades estas que, requerendo, embora, um ritmo acelerado de crescimento, não é provável que venham a defrontar obstáculos graves à respectiva expansão. Hotéis, pensões e pousadas Encontram-se actualmente em construção ou em projecto os seguintes empreendimentos.