É de admitir que os hotéis e pensões em construção sejam inaugurados em 1965. Quanto aos empreendimentos que se encontram em projecto, não interessa considerar a sua realização entre 1965 e 1968 a ritmo mais rápido do que o imposto pela estimativa das necessidades de expansão da capacidade hoteleira.
Assim, considerando as instalações que deverão entrar em serviço em 1965, e de acordo com os objectivos fixados para o triénio do Plano, os empreendimentos hoteleiros a abrir nos anos subsequentes terão de comportar a seguinte capacidade:
Estes números, juntamente com os das inaugurações em 1965, representam, por consequência, o programa de ampliação da capacidade hoteleira nos próximos anos Entrou-se em conta com o ano de 1968 porque os investimentos correspondentes aos estabelecimentos a entrar em serviço nesse ano deverão começar a ser financiados pelo menos em 1967.
Aceitando que metade do financiamento para um empreendimento hoteleiro deve estar disponível no ano da inauguração, e metade no ano anterior, e utilizando os valores de 120 contos e 80 contos como custos médios por cama, para hotéis, e pensões e pousadas, respectivamente, chega-se a estimativa do investimento a realizar no triénio de 1965-1967.
Investimento Milhares de contos
Este montante de investimento a realizar essencialmente pelas diversas empresas privadas interessadas na indústria hoteleira será financiado pelo Fundo de Turismo, pelo mercado interno de capitais e por crédito externo, uma vez que o interesse que o investimento em empreendimentos turísticos em Portugal começa a despeitar nos meios financeiros internacionais leva a admitir a possibilidade de uma substancial redução do apelo as fontes internas, que poderá, eventualmente, vir a ser substituído pelo crédito externo privado.
1 Infra-estruturas urbanísticas
a) Núcleos da Meia-Praia e do Alvor Dado o adiantamento dos estudos respectivos, poderá iniciar-se em 1965-1967 a primeira fase dos trabalhos (condutas gerais do abastecimento de águas, captações, reservatórios, estações de tratamento de água e esgotos, acessos principais, etc.),
b) Obras de abastecimento de água e saneamento em Tavira, Quarteira, Faro e Portimão, de que já se possui projecto e cujo início depende apenas da dotação correspondente,
c) Obras de valorização turística de Câmara de Lobos, urbanização de certos locais no percurso entre o Funchal e Câmara de Lobos e urbanização de uma outra zona, ainda não perfeitamente definida, onde convenha instalar um núcleo turístico.
2 Obras de conservação e utilização de arribas e praias
3 Monumentos nacionais
Assim, prevêem-se obras de recuperação e valorização de antigos aglomerados em Almeida (reparação e restauro do recinto amuralhado), Bragança (zona da cidadela), Lamego (zona amuralhada), Monção (zona fortificada), Monsaraz, Estremoz, Campo Maior e Miranda do Douro. Para algumas destas obras os trabalhos encontram-se já em execução parcial e para outras estão em estudo.
Por outro lado, projecta-se a valorização dos grandes imóveis classificados Mosteiro de Alcobaça (conclusão das alas sul e norte, com a criação de um museu do Mosteiro), Mosteiro da Batalha (arranjo da zona envolvente e beneficiação das salas do Museu da Obra), muralhas de Beja, Serpa, Évora e Borba (libertação da face exterior das muralhas), Palácio da Ajuda (preparação para a abertura ao tu rismo) e Cava de Viriato (aquisição da troços particulares e sua valorização paisagística).
Finalmente, prevêem-se obras nos museus regionais de Faro (adaptação do Convento de Nossa Senhora da Assunção), de Setúbal (adaptação do Convento de Jesus) e de Castelo Branco e a instalação de pequenos museus em alguns castelos.
4 Infra-estruturas de interesse económico geral