17 087 camas. Em 1962 a população era de 9 008 800, tendo o número de camas subido para 20 986. Conclui-se, assim, que, no decénio em causa, o índice de camas por mil habitantes aumentou de 1,99 para 2,32 (com exclusão dos hospitais locais).

Quanto a construções, a Lei n.º 2011 previu um plano a executar pela Comissão de Construções Hospitalares.

Dados os meios disponíveis, a Comissão teve de orientar-se predominantemente para a construção de hospitais sub-regionais, com a comparticipação do Fundo de Desemprego, do Ministério da Saúde e Assistência e das próprias instituições particulares. A acção que desenvolveu desde o início do seu funcionamento até à actualidade documenta-se no quadro seguinte;

Verifica-se, assim, uma ampla acção em matéria de hospitais sub-regionais, que não foi, no entanto, possível seguir em relação aos hospitais regionais.

Á Comissão das Novas Instalações Universitárias coube a construção dos hospitais escolares de Lisboa e do Porto, com uma lotação total de 2500 camas, e cujo custo global foi de 677 000 contos.

Do ponto de vista do apetrechamento, importa referir que a partir da criação, em 1961, da Comissão de Reapetrechamento dos Hospitais se desenvolveu uma acção sistematizada de aquisição de grande material hospitalar, obedecendo a planos anuais previamente organizados. A aplicação dos fundos do reapetrechamento é exposta no quadro seguinte;

(a) Regionais e sub-regionais de apoio

Relativamente ao financiamento da manutenção dos hospitais, participam os próprios assistidos e seus agregados familiares, os terceiros responsáveis por acidentes, os municípios, os bens próprios das instituições, a previdência social e o Estado, tal como consta do quadio seguinte, referente ao ano de 1962. Apuramento sujeito a revisão

No que respeita aos transportes, a falta de dados estatísticos não permite documentar a respectiva evolução no decénio em causa. Sabe-se apenas que o único meio específico usado foram as ambulâncias terrestres. O inventário organizado em 1961 revela que há um número de ambulâncias quase satisfatório (474), correspondente a uma por 38 000 habitantes e por 190 km2. Mas é desigual a distribuição geográfica, pois que 238 das unidades existentes (quase metade) se concentram nas regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. Às corporações de bombeiros pertenciam 364 ambulâncias e apenas 56 aos hospitais.

b) Meios pessoais - Compreendem o pessoal médico, de enfermagem, farmacêutico, técnico auxiliar e administrativo.

A evolução do pessoal médico pode aferir-se a partir do seguinte quadro;

Vê-se que o número total de médicos se aproxima da suficiência, aceitando o índice de 1 médico por cada 1 000 habitantes. Há, no entanto, que ter em conta a sua desigual distribuição geográfica e a carência de especialistas.

A evolução do pessoal de enfermagem no período que vai de 1955 a 1962 é traduzida no quadro seguinte.