O quadro a seguir oferece algumas indicações complementares e referentes aos valores exportados.

Daqui se infere que estas quatro produções têm revelado uma expansão em valores exportados, constituindo provavelmente as actividades mais dinâmicas das indústrias extractivas e transformadoras.

Os quantitativos de mão-de-obra empregue na indústria estimam-se como segue:

Estes números confirmam as limitações do panorama produtivo do arquipélago e a sua actividade pouco diversificada, o que se compreende facilmente tendo em conta a população reduzida - em números absolutos-, a pequenez do mercado interno e a insuficiência de infra-estruturas. A própria dispersão e a localização geográfica do arquipélago constituem uma explicação adicional. Se certos condicionalismos geográficos serão de muito difícil, senão impossível, domínio, nem por isso o plano intercalar deixará de ter em conta a situação existente, procurando uma melhor sistematização do esforço de utilização das capacidades humanas e financeiras para aproveitamento e valorização dos recursos existentes. Relações externas As possibilidades de análise da balança de pagamentos são, por enquanto, muito limitadas e confinam-se apenas à balança comercial, da qual se exceptuam as importâncias para fornecimentos à navegação.

A primeira característica mais saliente é a do quase regular aumento das importações. Em contrapartida, as exportações mantiveram-se praticamente estacionárias. O máximo das exportações do decénio considerado realizou-se em 1959, atingindo 42 284 contos.

O preço unitário das exportações diminuiu entre 1953 (33$/kg) e 1962 (28$/kg), depois de ter passado pelo máximo em 1959 (59$/kg).

A causa principal da deterioração relativa deste índice parece residir na queda de preços unitários do «peixe e derivados». Os novos produtos que entraram, ao longo do decénio, na composição das exportações cabo-verdianas foram as bananas verdes (1954) e as pozolanas (1957), cujos preços se mantiveram sensìvelmente estáveis.

Quanto aos preços unitários da importação, veri fica-se também uma descida em todos os mais representativos, salvo no que se refere ao milho em grão, aos automóveis e às madeiras.

Assim, o índice das relações de preços tem-se mantido com ligeiras flutuações, salvo em 1969 e em 1961, revelando, no entanto, valores quase sempre superiores a 100, com excepção do último ano. Em conclusão, pode deduzir-se que se não tem verificado depreciação nas razões de troça. As principais mercadorias importadas são as que se incluem na rubrica «Fios, tecidos e obras». (14 por cento em valores, 1962), o milho em grão (6 por cento), o açúcar (5,8 por cento), automóveis (3,9 por cento), vinho e cerveja (8,8 por cento), arroz (2,3 por cento), seguindo-se-lhes o cimento, o petróleo e o feijão.

A metrópole assume, no conjunto dos mercados fornecedores de Gabo Verde, uma posição cada vez mais relevante.

Na realidade, enquanto a metrópole fornecia 17,2 por cento das importações cabo-verdianas em 1953, essa percentagem atingia 28,4 em 1960, a posição do ultramar também se ampliou, passando de 4,4 por cento em 1953 para 20,1 por cento em 1960, em 1962 a metrópole forneceu 60,5 por cento das importações provinciais e as posições relativas do ultramar (19,9 por cento). e do estrangeiro (19,6 por cento) igualaram-se pràticamente.

As principais mercadorias fornecidas pela metrópole foram, em 1962, os fios e tecidos (49 por cento), os vinhos (20 por cento), cimento e madeiras Os principais fornecimentos realizados pelo ultramar, também em 1962, foram o milho em grão (36 por cento), o açúcar (85 por cento) e o arroz (10 por cento) Os do estrangeiro, igualmente em 1962, foram a farinha de trigo (46 por cento) e os veículos motorizados (40 por cento). As principais mercadorias exportadas foram, como já se apontou, peixe e derivados (35,8 por cento do valor