total exportado em 1962), sal comum (14,1 por cento), bananas verdes (9,3 por cento), água à navegação (6,8 por cento) e pozolanas (5,6 por cento), seguindo-se-lhes o café, peles e couros, amendoim, purgueira e rícino, que, em conjunto, participaram em 12,1 por cento.

Quanto à repartição geográfica das exportações cabo-verdianas, as tendências verificadas não são paralelas às registadas para as importações. A posição relativa das exportações para a metrópole em relação ao total variou de 62,5 por cento em 1953 para 49,3 por cento em 1962, depois de ter passado por um máximo de 83,8 por cento em 1959 e 72,5 por cento em 1938. A posição relativa do ultramar variou de 8,1 por cento (1953) a 8,5 por cento (1962), depois de ter atingido um mínimo de 5 por cento em 1959. A do estrangeiro variou de 29,4 por cento para 42,2 por cento em 1962, passando por um mínimo de 11,2 por cento também em 1959.

As principais produções exportadas em 1962 para a metrópole foram peixe e der ivados, contando com peixe congelado, bananas verdes e café em grão. Para o ultramar foram, naquele ano, pozolanas e sal comum. Para o estrangeiro Cabo Verde exportou quase unicamente peixe e derivados e sal comum.

Em síntese, conclui-se que a exportação cabo-verdiana se caracteriza por uma relativa concentração geográfica e por produtos. Na falta de elementos seguros relativos à balança de pagamentos, recolheram-se alguns dados do movimento de divisas do Fundo Cambial que de 1959 a 1962 foi o seguinte:

Movimento das divisas do Fundo Cambial

As entradas e saldas de cambiais referem-se em grande parte a movimentos de escudos metropolitanos; isto é, dizem respeito a empréstimos da metrópole e às transferências privadas. O déficit de 1961 é explicado, precisamente, por uma menor afluência de moeda metropolitana.

Dos movimentos de invisíveis conhecem-se, apenas, nos anos de 1954-1963, os vales emitidos nas províncias ultramarinas de África e pagos em Cabo Verde e as cartas com valores declarados provenientes das províncias ultramarinas de África e recebidas em Cabo Verde.

Outra informação disponível refere-se aos salários enviados por residentes cabo-verdianos em S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor. De 1951 a 1963 foram enviados 33 578 contos.

Com estes dados, e excluindo as importações e exportações para fornecimentos à navegação, apresenta-se o seguinte quadro.

É assim possível verificar que a situação relativamente favorável da província quanto à sua capacidade de importação se baseou fundamentalmente nos meios de pagamento externos facultados pelos empréstimos metropolitanos. Em 1962, Cabo Verde dispunha de 1283 km de estradas, das quais 104 km de 1.ª classe e 990 km de 2.ª classe. O número de veículos motorizados em circulação no mesmo ano era de 1085. Os principais portos do arquipélago são o de Porto Grande, em S. Vicente, cujas obras de melhoramento foram inauguradas em 1962, e o Porto Novo, em Santo Antão, de que as obras estavam também em vias de conclusão Desde 1959 a 1962 foram melhorados e beneficiados outras pequenos portos. Estão actualmente em conclusão obras acostáveis acessórias para serviço de pesca em Porto Grande, já esta concluído o cais acostável com instalação para o fornecimento de combustíveis líquidos. Além do aeroporto do Sal, a província conta actualmente com cinco aeródromos. São eles os aeródromos de Maio, Boavista e S. Nicolau, com 1400 m de pista, e os da Praia e de S. Vicente, com 1200 m, todos eles podem receber aviões tipo DC-3 (Dakota). Estas duas últimas pistas têm, respectivamente, 800 m e 400 m de tratamento betuminoso. No aeroporto da ilha do Sal estão em curso obras de beneficiação de forma a poder receber aviões a jacto. Quanto às telecomunicações, o panorama tem-se apresentado estacionário nestes últimos anos. Existiam, em 1962, 24 estações telegráficas e 2 radiotelegráficas, além de 236 postos telefónicos e telefones particulares.

Convém ainda referir que ultimamente tem sido realizado um notável esforço na construção de infra-estruturas. Trabalho A política de trabalho, o nível e a evolução dos salários são fundamentalmente afectados pelo excesso nítido de mão-de-obra em relação aos empregos disponíveis.

Por outro lado, parece poder induzir-se a existência de acentuado desemprego oculto na agricultura.