O panorama que se apresenta é resultado da conjugação de dados de várias fontes, muitos deles carentes de pormenor.

Como é natural, a pequena exploração individual, orientada em parte para as culturas de autoabastecimento, está muito pulverizada. Pelo contrário, as explorações de tipo empresa, voltadas quase que exclusivamente para a exportação, ocupam áreas muito maiores, cifrando-se, por isso, em cerca de 150 apenas.

O quadro seguinte mostra a evolução das quantidades exportadas (em números índices) nos últimos anos dos principais produtos da agricultura de S. Tomé e Príncipe.

Em geral observa-se que a exportação (produção) em termos físicos se manteve praticamente estacionária (oscilando entre 6000 t e 10 800 t) no que se refere ao cacau, baixou no que respeita ao café e regista uma pequena baixa em média quanto às oleaginosas. A tendência geral dos valores totais da exportação é decrescente, o que dada a relativa estacionariedade da tonelagem exportada faz supor uma baixa de cotações nos mercados internacionais, como de facto sucedeu. Após uma apreciável alta de cotações nos anos de 1951-1954 (que se reflectiu em novas plantações com entrada em produção passados oito anos), estas têm sofrido oscilações com tendência decrescente. A actividade piscatória na província é ainda muito pouco significativa, sendo exercida com um ritmo irregular de ocupação por parte da população que a ela se dedica (o grupo dos angolares) cerca de 1550 pessoas, que utilizam 1664 embarcações.

A produção, segundo os números oficiais, tem atingido uma média de 580 t no período de 1957-1962, sendo de admitir, no entanto, que os valores reais se situem em posição superior cerca de 1200 t a 1500 t por ano em 1960-1963 Energia S. Tomé dispõe de uma central a Diesel, com uma potência total de perto de 800 kW, e mais a central hidroeléctrica do Guegue, com uma potência que não vai além de 80 kW, e que em período de estiagem não chega a 40 kW. A cidade de Santo António dispõe de um pequeno grupo térmico.

A rede de distribuição limita-se apenas às redes das duas cidades e alguns arrabaldes e às redes internas das roças.

O consumo registado em 1958 foi de 1 153 000 kWh, o qual subiu em 1962 para 5 379 000 kWh. Mesmo contando com a entrada em funcionamento da central hidroeléctrica do rio Contador (1966), cuja potência será aproximadamente igual a 960 kW, os consumos per capita continuarão relativamente modestos. As actividades industriais mais importantes são as que se realizam no âmbito das empresas agrícolas destinadas a preparar os produtos agrícolas para a exportação (cacau, café e oleaginosas). Outras pequenas indústrias existentes situam-se praticamente ao nível artesanal e destinam-se a satisfazer consumos do mercado local. Relações externas Os quadros a seguir permitem, através da comparação doa índices, destacar algumas características do comércio externo da província, reveladas no decénio de 1953-1962 e que são as seguintes: O facto de os saldos serem constantemente positivos,

b) A tendência para a diminuição desses saldos,

c) O ligeiro crescimento das importações, e

d) O acentuado, mas também oscilante, decréscimo dos valores exportados

Os índices de preços da exportação, com base em 1953, foram os insertos no quadro VI. A causa principal da deterioração deste índice foi a queda dos preços unitários do cacau.

Em relação aos preços unitários de importação, com exclusão das rubricas. «Fios e tecidos» e «Vinhos e cerveja», verifica-se também uma descida em todos os restantes produtos mais representativos.

A análise das importações revela uma relativa dispersão por produtos e uma relativa concentração por mercados.

A consideração das séries referentes à exportação mostra que se verifica uma grande concentração por produtos e menor concentração por mercados. Os maiores mercados consumidores dos produtos da província são além da metrópole os países estrangeiros em conjunto.

As principais produções exportadas em 1962 para a metrópole foram a copra, o cacau, o coconote, o café e, por último, o óleo de palma, a maior parte das exportações para o ultramar é constituída por recipiente s de vidro ou metálicos. Para o estrangeiro, S. Tomé exporta, sobretudo, cacau, copra, coconote, café e óleo de palma. Em síntese, conclui-se que: A exportação de S. Tomé e Príncipe se caracteriza por uma forte concentração por produtos (só pràticamente cinco) e por uma menor concentração geográfica,

b) A metrópole revela-se, tanto na importação como na exportação, um importante mercado para a província,