A produção média anual do sector ronda os 60 000 contos, dada a tonelagem média de 6000 t, ao preço médio a retalho da 10$33/kg. Ao sector privado tem cabido a acção mais influente na arranque da actividade da pesca e indústrias afins. Os objectivos a definir no triénio paia incremento da referida actividade são os seguintes: Impulsionamento da extracção racional do pescado, tendo em vista o substancial acréscimo da dieta proteica de origem animal e regularização do consumo interno,

2) Intensificação do povoamento piscícola nas águas interiores e produção rural em tanques de cultura,

3) Sondagem técnico-económica da actividade e estudos intensivos de biologia piscatória, designadamente a nível de reconhecimento dos recursos potenciais e apoio tecnológico, para expansão acelerada do sector,

4) Modernização dos barcos e artes de pesca local;

5) Aproveitamento industrial dos recursos marinhos, litorais, pelágicos ou demersais, com a utilização de aparelhos de pesca que os factores ecológicos recomendem,

6) Montagem, nos centros de maior relevo, de meios frigoríficos que favoreçam a recepção e distribuição do pescado, bem como de oficinas de salga e secagem de peixe;

7) Instalação de novos empresas de pesca e de transformação do pescado (podendo justificar, pelo nível de in vestimentos e rentabilidade que as caracterize, regime especialmente favorecido, e desde que dotadas de equipamento moderno e com adequada organização técnica da produção, possibilitando a fabricação de produtos segundo os padrões exigidos e a preços concorrenciais. Energia A necessidade sempre crescente de energia eléctrica justificou o interesse em aumentar os meios da sua produção, transporte e distribuição.

Na zona de Lourenço Marques-Incomati-Limpopo pré vê-se a ampliação da central térmica de Lourenço Marques, em conjugação com a provável realização dos aproveitamentos projectados no rio dos Elefantes.

No domínio da grande distribuição, prevêem-se duas linhas Lourenço Marques-Manhiça e Boane-Namascha.

Na zona Beira-Vila Pery considero-se a construção da central da Chicamba.

Estão ainda previstas a central térmica do Moatize e a pequena distribuição de carácter social, além dos estudos a realizar para a ocupação hidrológica das bacias dos rios que se apresentam com maiores possibilidades de aproveitamento hidroeléctrico, incluindo a área situada na zona alta do Gurué. À região da província de Moçambique compreendendo os distritos de Cabo Delgado, Moçambique e Niassa, entre o paralelo de Nampula e a fronteira com a Tanganhica, é ainda insuficientemente conhecida sob o aspecto geológico e mineiro. O seu reconhecimento, contudo, reveste-se da maior importância, pela contribuição que, para além da indústria mineira, poderá trazer ao desenvolvimento económico da província.

A zona referida, com cerca de 200 000 km2 de superfície, poderá ser estudada em regime de empreitada, no todo ou em parte, podendo o encargo correspondente ser repartido entre o Plano Intercalar para 1965-1967 e o III Plano de Fomento.

As brigadas dos serviços de geologia e minas têm procedido a levantamentos geológicos do distrito de Manica e Sofala.

Prevê-se a continuação destes trabalhos nas seguintes áreas: Na região de Barué-Macosa-Mungari, de que existe cobertura fotogramétrica, concluindo o estudo em curso no II Plano de Fomento e ligando o levantamento geológico ao efectuado em 1953-1954 (I Plano de Fomento) no distrito de Tete,

2) Na região a sul de Vila Manica-Vila Pery, até Spungabera-Rio Save, se a cobertura fotogramétrica desta zona for efectuada pelos competentes sei viços provinciais.

Para conclusão do estudo hidrogeológico das formações sedimentares dos distritos de Manica e Sofala e Cabo Delgado, prevê-se a colaboração de uma empresa especializada, que ofereça garantias de eficiência.

Simultaneamente devem ser efectuadas sondagens e abertos poços de pesquisa, que apoiarão o estudo hidrogeológico e permitirão realizar captações, abastecendo de água regiões que, para tal, são consideradas pela província com primeira prioridade.

Para tornar mais completo o conhecimento da riqueza mineral da província e dos possibilidades da sua valorização, prevê-se efectuar prospecções mineiras em zonas seleccionadas pela cartografia geológica e nas áreas em que reconhecimentos gerais anteriores aconselham observações mais pormenorizadas.

Estão também incluídos nesta rubrica alguns trabalhos de pesquisa e estudos geológicos mais detalhados sobre jazigos identificados em anteriores trabalhos de prospecção.

Prevêem-se trabalhos nas seguintes áreas.

Ba cia do rio Zambeze,

Bacia do no Pungué,

Regiões de Djanguire (Chioco), de Dique-Fora-Catambulo (Manzoe), de Monte Mauzo e outras.

As prospecções e os reconhecimentos geológicos efectuados, quer pelo Estado, quer por particulares, revelam a existência de numerosas ocorrências minerais.

Há necessidade de estudar essas ocorrências por meio de trabalhos de pesquisa, com vista à determinação do seu valor industrial.

Simultaneamente e com a mesma finalidade, realizar-se-ão trabalhos de reconhecimento em alguns jazigos hoje abandonados, mas que, em anos anteriores, foram objecto de trabalhos de lavra.

Por outro lado, continuar-se-á o reconhecimento, por meio de sondagens, de diversos jazigos de carvão, manganês, fluorite, etc., que em estudos já realizados em anos anteriores se revelaram de bastante interesse. Com base na situação actual, a única possibilidade de tentar antever as perspectivas de desenvolvimento industrial consiste em lançar mão das duas únicas fontes de informação disponíveis adequadas a tal fim.