mente o panorama do País «principalmente agrícola». São os que seguem os números que importa reter:

Composição do produto por grandes sectores Percentagens

Fonte: quadro V do Projecto, tendo-se corrigido para a «tendência» os números de 1962. Examinemos agora as projecções respeitantes ao emprego. Logo impressiona a relativa lentidão da variação total, que não excede os 0,5 por cento ao ano ao longo do período (veja-se o quadro IV). A razão de ser deste facto está na hipótese que se pôs de continuar a não ser possível

proporcionar emprego em condições adequadas a toda a população que aparece a pesar no mercado de trabalho em cada novo ano e proveniente não apenas do crescimento demográfico mas também do abandono de actividades tradicionais em que a produtividade e as remunerações são em geral demasiadamente exíguas. Assim, projectaram-se ao nível de 43 000 e 27 000: respectivamente, em média anual, a expansão natural da população activa do continente e o saldo das correntes migratórias; e daí se chegou si ordem de grandeza dos 16 000 novos empregos no País, também em cada ano até 1973.

A Câmara não está certa de que fosse intenção inicial do Governo, ao apontar o objectivo de «equilíbrio no mer cado de trabalho», continuar a resolver através de emigração os problemas suscitados pela expansão demográfica nacional. Crê-se que a inspiração para este objectivo condição tem de ir buscar-se ao II Plano de Fomento; mas aí falava-se abertamente em «ajuda à resolução dos problemas de emprego». Desta vez procura-se o equilíbrio, o que não é, manifestamente, idêntico a resolver o problema - tanto mais que tal equilíbrio vem a consistir, apenas, em assegurar as transferências sectoriais do primário para os outros tipos de actividade, aceitando-se a saída das populações para o estrangeiro.

Projecções globais do emprego e da produtividade

(a) Em rigor, o cálculo das variações refere-se a 1950-1960, anos dos Censos da população.

(b) As variações foram calculadas para todo o período 1963-1967.

Fontes: As variações anuais de emprego (1965-1967 e 1968-1973) vêm no quadro viu e os níveis de emprego (1962 e 1967) no quadro X do Projecto (capítulo I, parte u). Os restantes elementos foram obtidos directamente no Secretariado Técnico da Presidência do Conselho (grupo de programação global).

Essas transferências intersectoriais, em linhas aproximadas, cifram-se em redução drástica da população do sector primário, aumentando em cerca de 20 000 pessoas o emprego anual em cada um dos outros sectores durante

o plano de 1965-1967 e em 30 000 trabalhadores, também anualmente, durante o hexénio que se seguirá.

A estrutura da população activa evoluirá então como mostra o quadro v:

Distribuição sectorial da população activa Percentagens

Fonte: quadro X do Projecto, p. 44.