Resumem-se as projecções sectoriais do sector dos transportes e comunicações, tais como constam dos quadros apresentados na apreciação na generalidade:

Variação anual: + 6,5 por cento. Formação bruta de capital fixo: Os objectivos do sector definem-se, em linhas gerais, dizendo que deve acompanhar a evolução da economia, apoiando em particular as actividades motoras do desenvolvimento - indústrias e turismo, tal como foram apontadas para este Plano -, bem como transformações de âmbito regional (1).

Distinguem-se, seguidamente, vários domínios dentro do sector, pois a cada um correspondem problemas e metas a alcançar, bem como projectos e orientações de política diferentes. Todavia, depara-se no projecto do Governo com uma referência a que a Câmara dá .º seu inteiro aplauso, considerando-a preocupação basilar para toda a actividade orientadora a desenvolver no triénio de recuperação; lê-se:

Os esforços durante a vigência do plano trienal deverão ser orientados em primeiro lugar para o saneamento financeiro e profunda reorganização das estruturas internas das empresas e serviços públicos, por forma a restituir-lhes a eficiência administrativa e rentabilidade económica que a observação directa mostra em muitos casos não possuírem, sem o que é legítimo duvidar-se da possibilidade de se efectuar tão elevado investimento ou, então, que, uma vez efectuado, produza resultados de exploração compensadores.

Seguem os objectivos e metas por subsectores: Transportes terrestres: insiste-se, sobretudo, nas reformas estruturais e de saneamento financeiro, bem como na continuação dos empreendimentos iniciados no II Plano; coisas novas são os projectos relativos às centrais de camionagem, inseridos na prevalência atribuída aos transportes colectivos urbanos e às afluências suburbanas;

b) Portos: concentração de tráfego nos dois grandes núcleos de Lisboa e Porto, melhorando a sua rentabilidade;

c) Transportes marítimos: a meta de longo prazo (mas não definido) consiste em entregar à marinha mercante nacional 60 por cento do volume de mercadorias movimentado por via marítima no espaço económico português; em 1962 apenas se atingiam os 34 por cento. Quanto a investimentos, preferem-se, no triénio, as unidades especializadas mais rentáveis;

d) Transportes aéreos: no que respeita a infra-estruturas, dirige-se a atenção para reajustamentos de características dos principais aeroportos existentes, de acordo com o tipo de tráfego que os procura. Quanto ao equipamento da frota, renovar-se-á a de longo curso e aumenta-se e adapta-se a de médio curso - tudo conjugado com o saneamento financeiro da companhia nacional concessionária;

e) Comunicações: até 1967 não serão possíveis grandes progressos a corrigir a desfasagem que vem a verificar-se entre a oferta e a procura; assim, aponta-se para a elevação da densidade telefónica e telex, progresso da automatização dos serviços telefónicos local e interurbano e início no internacional, e ampliação da rede interurbana; e mesmo o programa limitado que se apresenta exige uma reforma estrutural da orgânica administrativa existente. Os investimentos "prioritários" recolhidos para o projecto do Governo são os da lista que se segue.

Transportes rodoviários: Estradas:

Contos

a) Construção, reparação e beneficiação, no continente e ilhas .................. 830 784

b) Estação de Alcântara ................ 30 000 Estação do Sul (Parque das Camélias) .......................... 32 000 Remodelação e substituição do equipamento ......................... 95 000 Ponte sobre o Tejo:

Transportes ferroviários:

A transportar 500 000 1 688 245