dois ou três centros; arriscam-se estes, pela inoportunidade ou insuficiência de acção, à margem dos méritos e interesses dos seus técnicos,a serem pouco mais do que simbólicos e os problemas a verem-se ingloriamente ultrapassados...

Um campo de actividade que se julga merecedor da maior atenção.

Parques de material sanitário anexos aos serviços, postos de sanidade vegetal junto das organizações corporativas da lavoura (existem 95, dos quais 41 subsidiados pelo Estado), utilização dos meios mecânicos mais modernos, entre os quais o helicóptero e o avião -usados já largamente nas espécies florestais na defesa anual de 1 300 000 ha de montados de sobro e azinho -, e pessoal especializado, são factores básicos para a salvaguarda das economias.

O projecto inclui, também, verbas para a «homologação dos produtos fitofarmacêuticos», isto é, o conhecimento e aprovação das características dos cada vez mais numerosos produtos que aparecem ao dispor da lavoura. Pelos perigos e inconvenientes para as culturas, para o homem e para a economia, que podem resultar de uma inadequada aplicação de produtos, consideram os especialistas esta modalidade, de actuação da maior urgência e, assim, é relativamente bem dotada a continuação do equipamento do Laboratório de Fitofarmacologia.

As verbas atribuídas à defesa dos produtos armazenados destinam-se, em parte, ao apetrechamento das instalações que o Laboratório vai ocupar no novo edifício da Tapada da Ajuda e ao prosseguimento do trabalho em curso adentro do II Plano, acrescido do que se pretende efectuar nas ilhas adjacentes, pelo seu clima tão propícias à má conservação dos produtos. II) Sanidade dos animais - No seu campo próprio repetem-se as considerações de base feitas quanto à defesa das plantas, tanto mais que, neste sector, trata-se fundamentalmente da continuação dos programas do II Plano de Fomento era curso. Destinam-se para este fim 45 000 contos, que não podem, como no caso anterior, ser considerados largos em face da grandeza e dispersão da actividade a desenvolver, agravada pela pouca compreensão que tantas vezes mostram os interessados.

Portanto, haverá aqui que prosseguir o que vem sendo praticado, com manifesto êxito e numa intensidade invulgar, no quadro do II Plano, e que se refere em especial à, luta contra: febre carbunculosa, doenças rubras, febre-de-malta, tuberculose dos bovinos, saneamento dos aviários, parasitoses, mormoses e outras zoonoses.

Dada a dificuldade de nos sectores da defesa das plantas e dos animais se poder encontrar a cada momento um especialista, é um dos campos de acção que requer uma mais larga, persistente e objectiva divulgação de sintomas e de processos, pelo que se consideram indispensáveis equipamentos especiais que percorram, regularmente, mercados, feiras e outros locais de reunião.

Não é possível admitir se esta sugestão da secção, uma vez tomada em consideração, terá cabimento nas verbas atribuídas a estes empreendimentos. Mas do que não resta dúvida é de que tal actuação requer material circulante e de esclarecimento audio-visual e pessoal bem adaptado, e tem de ser considerada como fundamental.

A secção deseja frisar que os benefícios de toda a ordem que resultam para o País da defesa sanitária das culturas, dos gados e dos produtos são de tal monta que considera as verbas atribuídas a este fim - sem esquecer as destinadas à investigação - excessivamente modestas para que se possa trabalhar no ritmo necessário. Armazenagem de produtos agrícolas Tem sido sem dúvida notável o esforço desenvolvido no quadro, cada vez mais importante, da armazenagem, em boas condições técnicas, para os diversos produtos da agricultura. O Plano do Governo considera o seu prosseguimento em especial no que respeita a vinho, azeite, batata, fruta e arroz.

Diz-se no projecto:

O financiamento dos empreendimentos para armazenagem de produtos agrícolas será assegurado por autofinanciamento dos organismos de coordenação económica e corporativos e acessoriamente por crédito externo, estimando-se em 140 000 contos o montante a investir.

Difícil se torna fazer qualquer consideração sobre o que poderá ter lugar no período do Plano Intercalar. Parece, porém, que se podem acrescentar algumas linhas mais.

É notório - mesmo num país pouco dado à observação e a julgar dos méritos do que se faz- nos sectores ligados à agricultura - o largo apoio de toda a ordem que a armazenagem tem oferecido à produção: a privativa e a de emergência sujeita aos cuidados dos organismos competentes. Apenas uns números para ilustrar o afirmado:

diversos locais a escolher em colaboração com as Federações dos Grémios da Lavoura nas regiões de batata tardia; dois armazéns polivalentes para batata, fruta, etc.; um armazém em Lisboa, regulador do comércio de banana. Dispõe dos recursos financeiros que permitem a realização deste programa.

A secção manifesta o seu interesse em que se conclua o armazém destinado ao figo no Algarve e se construam os restantes três programados no II Plano de Fomento.

Arroz. - A Comissão Reguladora do Comércio de Arroz dispõe de quatro unidades, com a capacidade de 7000 t, para armazenagem, e 5000 t (em 30 dias) para secagem. Como cerca de 30 por cento da colheita provém de 97 por cento dos produtores, com menos de 50 t de produção média e, portanto, sem possibilidades autónomas para armazenagem e propriedade de secadores, é da maior importância nesta cultura a existência deste equipamento. Pré-