em face da experiência existente. Entra-se em conta com as centrais da Tapada do Outeiro (três grupos), do Carregado (dois grupos) e Tejo;

dentes .que poderão ser utilizados para o abastecimento dos consumos não permanentes.

Os aproveitamentos hidroeléctricos considerados para o cálculo da energia produtível são os existentes actualmente e mais os referidos como prioritários no projecto de Plano Intercalar, isto é, Bemposta. Távora e Carrapatelo.

Para o cálculo das disponibilidades hidroeléctricas teremos ainda de entrar em conta com a energia desarmazenada das albufeiras de regularização interanual.

Para estudos de produtibilidades hidroeléctricas considera-se sempre o ano hidrologico (Novembro a Outubro), pois o mês de Novembro coincide em geral com o início da época das chuvas e, portanto, com o fim do desarmazenamento.

Como, porém, o Plano Intercalar, como é evidente, se refere a anos civis e os consumos estão também calculados para anos civis, definimos as produtibilidades para anos civis também, aliás, com uma margem de erro inferior à que resulta das próprias previsões. A potência térmica e a energia correspondente disponível de 1965 a 1971 serão as seguintes:

(a) O 3.º grupo entra em serviço em meados do 1966; consideram-se seis meses de trabalho.

(b) Apenas a alta pressão da central Tejo.

(d) O 2.º grupo entra em serviço em Junho de 1968; consideram-se seis meses de trabalho.

energia hidroeléctrica disponível de 1965 a 1971 é a seguinte:

(a) Inclui a central de Bemposta com dois grupos durante todo o ano e um grupo durante seis meses.

(b) Inclui a central do Bemposta na sua totalidade o a central do Távora.

(c) O 1.º grupo da central do Carrapatelo entra em serviço em Junho do 1969; considera-se em trabalho no último semestre com uma energia produtível inferior a metade do total.

(d) Central do Carrapatelo completa.

Podemos agora estabelecer o balanço entre os consumos permanentes previstos e as energias produtíveis calculadas para o ano 96 por cento.

Verifica-se assim que com o sistema existente, aumentado com os aproveitamentos da Bemposta (completo), Távora, Carrapatelo, 3.º grupo da Tapada do Outeiro e dois grupos da central do Carregado, se obteriam saldos positivos decrescentes de 1965 a 1968 e negativos crescentes de 1969 em diante, atingindo o deficit em 1971 o elevado valor de cerca de 1270 milhões de kilowatts-hora.

Fazemos notar, como aliás já dissemos, que estes saldos são calculados para uma produtibilidade hidroeléctrica correspondente a um regime hidrológico com 96 por cento de probabilidade de ser excedida e que, nessas condições, se terá de recorrer a apoio térmico e a energia interanual. Observe-se que esta hipótese é mais desfavorável do que a de ocorrência, de um biénio seco com à mesma probabilidade de 96 por cento.

Em 1965 e em 1966 a margem de segurança é elevada; em 1967 e 1968 já se torna mais reduzida, visto o saldo de 160 GWh ou 120 GWh não ser elevado para cobrir eventuais atrasos na realização de obras. Mas, a partir de 1969, começam a surgir deficits, isto é, para ano seco não há cobertura para os consumos permanentes previstos. Isto vem demonstrar a afirmação, feita anteriormente, de ser necessário começar a- construção de novos centros produtores, além dos considerados prioritários, ainda no decurso do Plano Intercalar, a fim de assegurar a cobertura dos consumos a partir de 1969. Os aproveitamentos e respectivas características considerados nos estudos de planeamento, tanto pela subcomissão de produção que funciona no Grémio Nacional dos Industriais de Electricidade como pelo subgrupo electricidade, constam do quadro seguinte.