(a) Estas verbas não incluem o equipamento, posto tratar-se de unidades que ainda o não receberam.

A esta relação haveria que acrescentar, a fim de oferecer um quadro completo do trabalho realizado pela Comissão de Construções Hospitalares, a dos hospitais remodelados e ampliados, no todo ou em parte, pela mesma Comissão, entre os quais se contam o Hospital de D. Estefânia (23 145 000$) e seis hospitais regionais beneficiados pela construção de pavilhões. Mas a relação apresentada já define a orientação seguida, caracterizada pelo predomínio de uma cobertura sanitária do território metropolitano através de pequenas unidades hospitalares, de baixas lotações e escassas possibilidades de acção.

No entanto, parecem perigosas generalizações em tal matéria, muito interessando considerar não a actividade global de todos os hospitais sub-regionais, mas a actividade desenvolvida por cada um deles. Os números respeitantes às intervenções cirúrgicas realizadas nos três tipos d e hospitais durante o ano de 1962 dão-nos uma ideia de quanto a actividade de muitos hospitais sub-regionais poderá ter aliviado as maiores unidades hospitalares.

Recorda esta secção que, em 1963, por portaria do Ministério da Saúde -e Assistência, foi nomeada uma comissão à qual coube a tarefa de estudar a reorganização das grandes unidades hospitalares portuguesas. Dessa comissão fazem parte destacadas personalidades, cuja presença é garantia bastante de que o estudo da referida comissão oferecerá elementos da maior utilidade para uma planificação da assistência hospitalar. Seria aconselhável, consequentemente, que essa planificação, mesmo parcial, não precedesse o conhecimento e análise por parte do Governo do relatório da Comissão de Reforma Hospitalar, que, segundo é do conhecimento desta secção, se acha concluído.

Conviria - e neste ponto se reconhece o maior interesse de uma coordenação entre o sector sanitário e outros - que se organizasse um esquema de colaboração com entidades públicas e particulares em ordem ao transporte rápido de doentes cujo estado reclame urgentes intervenções. Não pode o próprio sector sanitário assegurar a manutenção e conservação dos mais rápidos meios de transporte; atribuir-lhos reclamaria novas e elevadas despesas de escassa rentabilidade e muito duvidosa eficiência. Mas já seria aconselhável uma colaboração, nomeadamente com as autoridades militares, para utilização regular, normal, de aviões e helicópteros, a pedido dos serviços de saúde.