da zona do escudo pelas reservas da ouro e divisas das principais categorias de instituições enquanto em 1962 o excedente dessa balança se repercutiu em quase 92 por cento nas disponibilidades líquidas em ouro e divisas a curto prazo do banco central e de reserva, no ano findo essa projecção foi apenas de 42,9 por cento, devido à acentuada acumulação de divisas nas outras instituições de crédito, especialmente na banca comercial da metrópole. Sobre o comportamento da balança geral de pagamentos da zona do escudo em 1964, os únicos elementos por ora disponíveis importam-se à balança cambial do Banco de Portugal em Janeiro-Setemhro, que no quadro seguinte se confrontam com os apurados para igual período de 1963. Não parecendo que, entretanto, se tenha alterado significativamente a política adoptada pelas restantes instituições de crédito, essa balança cambial constituirá um bom indicador da evolução seguida por aquela balança global da zona do escudo.

(Milhares de contos)

(a) Correspondo às operações nas moedas dos países indicados, e bem assim nos movimentos das contas em escudos em nome do pessoas residentes ou domiciliadas nos mesmos países.

Não inclui, porém, a parte das liquidações multilaterais que correspondo aos pagamentos de dólares no quadro do Acordo Monetário Europeu e às transferências entro o Banco de Portugal o outros bancos centrais, quer para a constituição de coberturas quer para pagamentos nos termos de acordos bilaterais.

Do quadro que precede infere-se que de 1968 para 1964 a balança de pagamentos da zona do escudo terá manifestado um crescimento sensível do excedente global entre os períodos de Janeiro a Setembro desses anos a balança cambial do Banco acusava a melhoria de 2042 milhões de escudos.

Para este resultado - e porque o déficit do comércio da metrópole com o estrangeiro, segundo a estatística alfandegária, aumentou quase 430 milhões de escudos entre os citados períodos, variação que haverá sido, muito possivelmente, compensada por melhoria do excedente da balança comercial das províncias ultramarinas - as principais contribuições terão provindo do sector dos «Invisíveis correntes» (mais provàvelmente das receitas de turismo e de transferências privadas relativas à metrópole) e da balança de operações de capitais. Cabe estudar agora, posto que por forma sucinta, a evolução recente do comércio externo dos vários territórios nacionais, o que se justifica não só pela sua importância económica geral como também pela posição relevante que ocupa no quadro das relações internacionais da zona do escudo.

Quanto ao comércio da metrópole com o estrangeiro, o quadro seguinte mostra-nos um acréscimo do déficit usual, entre 1962 e 1963, de 532 milhões de escudos, em consequência de a expansão das importações (ligeiramente inferior a 10 por cento) ter excedido, em valor absoluto, a das exportações (que foi de quase 11,3 por cento). O mesmo comportamento se repetiu entre os períodos de Janeiro a Setembro de 1963 e 1964, tendo o saldo negativo aumentado de 428 milhões de escudos.