comercial (88,1 por cento do total), fazendo baixar de novo a representação da emissão monetária do Banco de Portugal, que no fim de Agosto não chegava a 88,6 por cento, e aumentando a relação da aludida «moeda escritural» para os meios de pagamento emitidos pelo Banco de Portugal e Casa da Moeda de 1,44 em 1963 para 1,55 em Agosto último.

Esta evolução poderia sintetizar-se como segue por cada unidade monetária a mais, emitida pelas fontes centrais de Janeiro a Agosto de 1964, a banca comercial criou cerca de 5 unidades de «moeda escriturai» - o que se afigura de assinalar.

Quanto aos factores monetários, depreende-se do quadro anterior que o crescimento do crédito bancário outorgado.

(incluindo as promissórias tomadas) não foi o elemento expansionista principal, pois que o seu acréscimo em pouco ultrapassou os 2 milhões de contos Afigura-se de supor então, tendo em conta a melhoria da balança de pagamentos atrás analisada, que o maior impulso terá advindo agora da reserva de ouro e divisas Por outro lado, tudo leva a admitir que se haverá mantido o sentido descensional da velocidade-rendimento do dinheiro, em correlação com a contracção da produtividade marginal do crédito bancário distribuído. Dada a importância de que se reveste, como vimos, a evolução do crédito bancário, justifica-se que se observem alguns pormenores dessa evolução.

Variações do crédito bancário e da oferta global

(Milhares de contos)

Nota - Não só incluiu no erudito a parte das promissórias do fomento nacional tomadas pelas instituições de crédito, e os valores da oferta global foram tomados a preços correntes.

Ressalta, desde logo, do quadro precedente, que - à excepção do ano de 1961 - são as variações do saldo da carteira comercial que têm predominado nas do crédito outorgado pelo sistema bancário, o que indicia, não obstante a pi ática crescente de revolving credita, caber a maior representação ao crédito a curto pi azo Por outro lado, verifica-se uma tendência de quebra sensível da produtividade do crédito distribuído, quer esta seja medida em termos do produto nacional bruto, quer da oferta global Sendo assim, parece verificar-se a necessidade de corrigir os critérios de selecção na mobilização das potencialidades prestamistas do sistema bancário. Posto isto, estudam-se, ainda que sumariamente, as situações das principais categorias de instituições de crédito, a começar pelo Banco de Portugal, como banco emissor da metrópole e banco central e de reserva da zona do escudo

Como se vê no quadro seguinte, a emissão monetária do Banco apresentou um acréscimo de 2008 milhões de escudos em 1963, que se reflectiu principalmente no montante das notas em circulação Contudo, registaram-se algumas oscilações importantes nas «Outras responsabilidades», das quais parecem de salientar os incrementos de disponibilidades do Tesouro e dos bancos comerciais, bem como a constituição de saldos credores em consequência da entrada em execução do novo sistema de compensação e de pagamentos interterritoriais, e a contracção nas disponibilidades das caixas económicas.

Para a mencionada expansão da emissão monetária do banco central contribuíram, especialmente, a reserva de ouro e divisas (1052 milhões de escudos), o crédito distrib uído (239 milhões), o saldo de contas de compensação das províncias ultramarinos (437 milhões) e a tomada de títulos de obrigação do Fundo Monetário da Zona do Escudo.

Em consequência das referidas variações da emissão monetária e seus factores, a percentagem da reserva de ouro e divisas para essa emissão decaiu de 85,3 para 83 por cento, entre 1962 e 1963