nente, particularmente nos concelhos do distrito da Guarda.

Em resultado das diferenças de ritmo de acréscimo demográfico na região do Mondego e no continente, alterou-se a posição relativa dos efectivos populacionais regionais no todo de que fazem parte. Em 1900 a população do Mondego representava 15,8 por cento da população do continente, mas em 1960 representa, apenas 12,4 por cento. Esta situação, se não pode ser considerada de declínio demográfico absoluto, traduz nitidamente uma perda de velocidade de crescimento, num quadro global a que tem sido dado, com propriedade, o nome expressivo de "explosão demográfica". Neste, aspecto, a região é calma, para não dizer estagnada, com suas ilhas de desolação, onde lavra uma evidente regressão demográfica.

Para melhor avaliar o significado dos números apresentados, convirá observar, à semelhança do que se fez para outros indicadores, o que se passou, entretanto,

Nota. - Os concelhos considerados neste apuramento foram os seguintes: Lisboa (norte do Tejo): Lisboa, Loures, Sintra, Oeiras, Cascais e Vila Franca de Xira. Lisboa (sul do Tejo): Almada, Montijo, Moita, Seixal, Barreiro e Alcochete. Porto (norte do Douro): Porto, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo. Porto (sul do Douro): Vila Nova de Gaia.

O confronto com os indicadores de Lisboa e do Porto permite avaliar diferenças, quanto à região do Mondego, que fazem supor a existência de uma situação demográfica reveladora do quadro económico inicialmente esboçado. Na verdade, as alterações verificadas pelo confronto de resultados dos censos demográficos decenais contêm em si um quadro de mobilidade demográfica que importa reter, porque exprime os impulsos da repulsão regional que projectam para o exterior os saldos fisiológicos, ou, pelo contrário, mostra as forças de atracção, que chamam emigrantes.

Admitindo uma vez mais que a comparação com os padrões dos distritos de Lisboa e do Porto não será inteiramente válida, estabelece-se de novo a comparação com os distritos anteriormente .escolhidos, de Aveiro, Braga e Castelo Branco.

Verifica-se que o desenvolvimento demográfico do grupo de concelhos incluídos na bacia hidrográfica do rio Mondego acusa índices inferiores aos dos distritos considerados como padrão de um desenvolvimento económico médio. Pondo de parte o distrito de Castelo Branco, onde talvez motivos agrários impõem um quadro de estagnação mais evidente que, todavia, suplanta o do Mondego, os índices registados em Aveiro e Braga, depois de 1940, apresentam-se como muitíssimo mais favoráveis. Assim, os movimentos demográficos nos concelhos da bacia hidrográfica do Mondego foram, desde 1921, os que seguem (1).