designado anteriormente de «maturidade institucional». A programação, a longo prazo, terá portanto de ser concebida de modo a conseguir nos próximos cinco anos: Constituição e funcionamento normal de todos os núcleos de actividades;

b) Constituição e funcionamento normal de departamentos;

c) Criação de uma rede satisfatória de centros regionais;

d) Auto-suficiência dos quadros docentes, administrativo e técnico, através de uma política adequada de recrutamento e formação do pessoal.

6.3 - Condições indispensáveis para o arranque.

A curto prazo, isto é, com início em Janeiro de 1976, o grupo entende que a Universidade Aberta deverá inaugurar as suas actividades com um programa de formação pedagógica e completamento das qualificações do pessoal docente do ciclo preparatório e do ensino secundário. Trata-se de certo modo, de um programa de emergência, dadas as habilitações precárias de uma grande percentagem deste sector da população activa. Embora este programa não traduza exactamente a imagem que o grupo tem da Universidade Aberta - nem a que importa seja adquirida pelo público - como instituição verdadeiramente aberta a toda a população activa (v. capítulo 2), pode contudo inserir-se, sem dificuldade, num dos objectivos principais desta instituição, a saber: valorização social, cultural e técnica da população activa do País.

A prioridade, de ordem táctica, a conceder a este programa não deve, porém, obstar a que se comecem a desenvolver, paralelamente e desde o começo da entrada em funções da Universidade Aberta, as demais actividades já enunciadas. Para esse efeito se devem criar, desde o início, grupos de trabalho em cada um dos seis núcleos de actividades responsáveis pela realização dessas tarefas. O grupo chama a atenção, muito particularmente, para os cursos de acesso aos estudos superiores, cuja preparação exige um tipo de investigação, inédito no nosso país, relativamente ao conteúdo das matérias e à metodologia a adoptar para levar a alguns milhares de trabalhadores os níveis de conhecimento científico necessários à sua elevação como homens e como profissionais. Dado que se julga absolutamente necessária a inauguração deste tipo de cursos em Janeiro de 1977, este trabalho de preparação deverá iniciar-se o mais cedo possível e ser apoiado com meios humanos e materiais suficientes para a inscrições provisórias por parte do público. Este exercício, quando feito com a devida antecedência, permite: Planear, em função do número de inscritos e, portanto, com um mínimo de erro, os recursos a utilizar nos cursos previstos;

b) Adiar certos cursos que tenham recebido poucas inscrições provisórias;

c) Permitir à equipa de «conselheiros pedagógicos» o contacto com todos os inscritos provisoriamente, a fim de os orientar na melhor forma de utilizarem as disponibilidades oferecidas pela Universidade Aberta;

d) Manter a regularidade da relação número de tutores-número de alunos.

Embora se trate de um programa de emergência e de uma população já diferenciada, este exercício da pré-inscrição deveria ser também utilizado com vista às actividades para 1976 e antes mesmo do final do ano lectivo de 1974-1975. Ainda o facto de, no ano de 1976, a programação de cursos oficiais ser exclusivamente dedicada a professores em exercício vem resolver, de certo modo, o problema da inexistência de centros regionais durante esse ano, dado que os utentes constituem já uma população institucionalizada e mais facilmente enquadrada nos próprios locais de trabalho. Convém, porém, que desde o primeiro dia a Universidade Aberta procure recrutar professores efectivos, com experiência (por exemplo) de orientadores de estágio, que possam exercer - a tempo parcial - as funções de «tutores» daqueles professores-alunos que se tenham inscrito para o programa de 1976. A fim de preparar os primeiros «tutores» desta instituição, há que prever, antes do fim de 1975, um curso especial itura crítica de unidades já escritas por outrem;

b) Com empresas de impressão e ou distribuição de textos;