ensino oficial, tem demonstrado ser possuidor de uma estrutura orgânica que lhe permite resistir a todas as avalanchas, o que lhe dá jus a um lugar próprio na orgânica do ensino em Portugal;
Considerando:
Considerando ainda:
b) Que os alunos do ensino privado, sem vislumbrarem razões justificativas, são vítimas da maior discriminação, ao sentirem-se réus :perante juízes estranhos que vêm da cidade examinar os vilões e os aldeões a quem não foi dada ainda a suma honra de ser ensinada por sumidades que pertencem a um mundo diferente do seu;
Considerando por fim:
b) Que estamos praticamente no meio de um ano lectivo, em que professores e alunos se interrogam com a angústia de pressentirem que passará mais um ano lectivo e com ele a sua marginalização sem que sintam um cheirinho de revolução:
Requeiro, ao abrigo da legislação vigente, que, através do Ministério da Educação e Investigação Científica, me sejam prestadas informações sobre se está prevista alteração na legislação vigente sobre avaliação de conhecimentos no ensino privado e, no caso afirmativo, qual o sentido de tal alteração.
Sala das Sessões, 13 de Janeiro de 1976. - O Deputado do PPD, José Gonçalves Sapinho.
Resposta do Ministério da Educação e Investigação Científica - Secretaria do Estado da Administração Escolar - Inspecção-Geral do Ensino Particular:
Relativamente às questões apresentadas no requerimento do Sr. Deputado José Gonçalves Sapinho, informo V. Ex.^a do seguinte:
1.º Pelo despacho n.º 51/75, de 22 de Dezembro, do Sr. Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, foi já determinado que os estabelecimentos de ensino particular com funções supletivas do ensino oficial adquirem autonomia quanto à avaliação de conhecimentos, dispensas de exame e realização de provas de exame. Esses estabelecimentos deixam, portanto, de, para os efeitos referidos, estar dependentes dos estabelecimentos e dos professores oficiais;
2.º Encontra-se em preparação um novo despacho que visa generalizar as referidas medidas, embora implicando normas mínimas de qualidade pedagógica. Logo que este seja publicado, enviá-lo-ei a V. Ex.ª
Requerimento
Considerando que o problema já foi oportunamente levantado nesta Assembleia sem que, todavia, tenha tido, até à data, a solução devida;
Considerando que hoje, atento o acentuado aumento do custo de vida, os reformados do Estado estão em situação económica bastante mais precária do que a que tinham;
Considerando ainda que a esmagadora maioria desses mesmos reformados recebe, mensalmente, verbas abaixo do nível considerado de sobrevivência (vencimento mínimo nacional):
Requeiro, nos termos legais em vigor, que, pelos Ministérios das Finanças e dos Assuntos Sociais, me seja informado das medidas eventualmente já preconizadas no sentido de remediar a situação daqueles ex-servidores do Estado.
Sala das Sessões, 14 de Janeiro de 1976. - O Deputado do PS, Júlio Pereira dos Reis.