Espanhola, em Lisboa, causando alguns estragos ao explodir. Nesse mesmo dia foi deixado um envelope, na ANI, contendo um comunicado do «Comunismo Libertário, Solidariedade Comunista Internacionalista», que reivindicava tal atentado.

2. Em 18 de Janeiro de 1976, às 3 horas, na Rua de Manuel Espragueira, em Viana do Castelo, junto do prédio n.º 204, em cujo 1.º andar se situa a sede do PCP, rebentou um engenho explosivo. Na rua andava o vigilante guarda-noturno, que não viu qualquer pessoa no local, mas tão-somente o cordão lento do engenho, já em combustão.

3. Em 18 de Janeiro de 1976, em Portimão, foi colocada uma bomba, de fabrico caseiro, sob o automóvel HN-55-57, pertença de um militante do PPD. A explosão causou avultados danos materiais no veículo.

4. Em Janeiro de 1976, aproximadamente, um anónimo telefonou para a Escola Comercial de D. Filipa de Vilhena, no Porto, e comunicou que dentro de uma hora rebentaria ali um engenho explosivo. Disse, quando desligava: «Viva o PCP».

5. Em 23 de Janeiro de 1976, em Braga, rebentou um petardo no interior das instalações do Fundo de Apoio à Organização Juvenil (FAO), causando danos materiais. Cerca de dez minutos antes da explosão tinham saído das instalações cinco indivíduos que disseram, ao agente que os interceptou quando saíam, pertencer à LUAR.

6. Em 24 de Janeiro de 1976, em Lisboa, na Rua do Alto do Carvalhão, rebentou um petardo sob a viatura IN-87-62, propriedade de Maria de Fátima Santos Chaves Rita, militante do PCP, o que causou pequenos danos materiais.

7. Em 28 de Janeiro de 1976, o CD Faro comunicou constar naquela zona que os atentados bombistas às sedes dos partidos estavam a ser levados a efeito por militantes desses próprios partidos, por estes serem pouco conceituados, e assim se poderem colocar na situação de vítimas e atrair, favoravelmente, a opinião pública.

8. Em 28 de Janeiro de 1976, em Zebreiros, Gondomar, foi encontrado numa oficina de automóveis, pertencente a António Guedes Gomes, militante activo do PCP, o seguinte material:

5 kg de dinamite;

104 m de cordão lento;

85 detonadores 8 m/m, tipo militar;

24 detonadores 6 m/m, tipo militar;

Este explosivo estava dentro de malas, junto das quais estava uma outra, vazia, mas com vestígios de ter tido material idêntico. Em Janeiro de 1976, na Póvoa de Varzim, rebentou um engenho explosivo sob a viatura SM-40-07, pertencente a Custódio José da Costa Santos, militante do PCP, na qual acusou pequenos danos materiais, não a impossibilitando de circular.

10. Em 29 de Janeiro de 1976, cerca das 5 horas, na Póvoa de Varzim, na residência paroquial de A Ver-o-Mar, onde habita o padre Ângelo de Faria da Venda, com alguns familiares, rebentou um forte engenho explosivo, que causou avultados danos. materiais em todo o prédio. Os elementos da brigada da GNR, que se deslocaram ao local, notaram a nenhuma preocupação do padre Ângelo, bem como dos familiares que com ele habitam, e verificaram que nesga noite não tinham dormido em casa, pois as camas estavam ainda feitas e alinhadas, tendo, sobre elas, os destroços resultantes da explosão. O padre Ângelo disse que costumava rezar missa no rés-do-chão do prédio e residir no l.º andar.

3 - Descrição dos atentados cujas características sugerem a sua prática por forças afectas a ideologias totalitárias de direita: Em 1 de Junho de 1975, na Rua de Correia Teles, Campo de Ourique, Lisboa, deflagrou uma carga explosiva sob a viatura IC-97-63, destruindo-a parcialmente.

Na altura da explosão apareceram escritas nas paredes várias palavras do ELP, como que a reivindicar o atentado;

b) Em 21 de Julho de 1975, em Vilar Formoso, rebentou forte carga explosiva no Rádio Farol, causando avultados prejuízos.

Constou na região sido obra do ELP;

c) Em 23 de Setembro de 1975 registaram-se quatro rebentamentos de explosivos: um à entrada da messe da Armada, em Cascais, onde nessa altura pernoitava o Sr. Primeiro-Ministro; um na Marinha Grande, junto da sede do PCP, e dois em Leiria, numa roulotte do Circo Moscovo e numa casa comercial.

A imprensa do dia seguinte noticiou que o ELP reivindicara estes atentados;