terna e com outras regiões, falta de vegetação, poluição de águas, calor excessivo, atmosfera infectada, etc.

Não é, por exemplo, fácil determinar hoje a presença de nacionais ou estrangeiros atraídos pela serra da Estrela.

Os números de dormidas em estabelecimentos hoteleiros dos distritos da Guarda e de Castelo Branco não fornecem, de resto, apoio a tal propósito. Os do primeiro distrito servem um turismo estrangeiro de passagem; os do segundo são particularmente influenciados, quanto a nacionais, pelo termalismo.

Poderão, porém, ser exibidos para sugerir o interesse de um turismo de passagem na serra.

Fonte: Elementos fornecidos pela Direcção-Geral de Turismo (Gabinete de Estudos e Planeamento).

A modéstia no número de dormidas harmoniza-se, de resto, com a própria capacidade hoteleira.

No distrito da Guarda existe apenas um hotel (de 1.ª-B), com 52 quartos, todos dispondo de casa de banho, somando 123 camas.

Quanto a pensões, a situação de todo, o distrito da Guarda, em 31 de Outubro de 1969, era a seguinte:

Fonte: Elementos fornecidos pela Direcção-Geral de Turismo (Gabinete de Estudos e Planeamento).

Acresce, no distrito da Guarda, uma pousada com 13 quartos e 26 camas, dispondo 4 quartos de casa de banho, e uma estalagem com 7 quartos e 13 camas, todos equipados com casa de banho.

O total de estabelecimentos hoteleiros e similares no distrito da Guarda é, assim, de 34, com 582 quartos e 1165 camas. Destes, apenas 123 dispõem de casa de banho privativa.

No distrito de Castelo Branco dá-se conta da existência de três hotéis de 1.ª e um hotel de 2.ª classe. Estes quatro hotéis têm 240 quartos, com 482 camas. Dos quartos, 141 dispõem de casa de banho privativa.

Quanto a pensões, a situação é a seguinte:

Acrescem, no distrito de Castelo Branco, três pousadas, .com 28 quartos e 57 camas. Dos quartos, 15 dispõem de casa de banho.

Deste modo existem, em todo o distrito de Castelo Branco, 33 estabelecimentos hoteleiros, dispondo de 757 quartos e 1583 camas. Só 239 quartos têm casa de banho privativa.

Interessaria, pois, considerar a possibilidade de abrir a serra da Estrela a um turismo de passagem em que seja notória a presença dos estrangeiros que entram em Portugal por Vilar Formoso.

Poderia contribuir, para tal, uma ligação conveniente da Guarda à serra, na continuação da estrada dos Trinta. Esta via de penetração, que passaria nas cabeceiras de Mondego e por cima da região de Folgosinho, constituiria trajecto fácil e de extraordinária beleza. Sairia ainda valorizado com a proximidade da barragem da Senhora de Asse-Dasse a construir no Mondego. O turista poderia depois deambular pela Estrela ou regressar, em zona mais bela, à estrada da Beira.

O seguinte quadro revela a repartição mensal dos estrangeiros entrados por Vilar Formoso:

Fonte: Direcção-Geral de Segurança.

O grande volume de entradas na estação estival, quando é fácil e atractiva a circulação na serra, sugere a oportunidade de um intenso esforço de promoção.

O sucesso de tal esforço depende, contudo, repete-se, da existência de adequadas infra-estruturas. A melhor estrada na serra da Estrela deverá ser hoje a já referida estrada nacional n.º 339. Assegura a travessia da serra e a ligação entre a Beira Baixa e o Centro do País. Covilhã, Penhas da Saúde, Torre, Lagoa Comprida, Sabugueiro, Seia constituem as escalas desta trajecto.