Esta evolução foi, porém, prejudicada pelos decresçamos verificados nos valores unitários, que decaíram tanto na importação como na exportação, com maior reflexo nesta última, cuja descida foi da ordem dos 284S90, enquanto na importação o decréscimo foi apenas de cerca de 126$70 em relação ao ano transacto, como mostra o quadro que se segue:

As razões de troca tiveram, assim, uma sensível influência no agravamento do deficit da balança comercial. Os quadros que se seguem dão a conhecer a participação que no valor das mercadorias importadas e exportadas tiveram a metrópole, as outras províncias ultramarinas e os países estrangeiros, ou seja, a repartição geográfica do comércio externo no triénio de 1966-1968:

Para melhor elucidação do comércio externo, desdobram-se no quadro infra os saldos do último triénio, de forma a poder avaliar-se, na sua composição, a importância relativa daquelas três zonas estatísticas de intercâmbio e dos fornecimentos à navegação marítima, constantes da coluna «Diversos».

Verifica-se, pois, uma melhoria da taxa de cobertura das importações e exportações em relação ao período anterior. Com efeito, o valor das exportações representou, no ano de 1968, cerca de 65,58 por cento das importações, quando esta mesma relação atingira no ano antecedente 61,14 por cento.

Importa, entretanto, empreender uma análise, ainda que sumária, da composição geográfica dos mercados onde se localizaram as aquisições da província, assim como daqueles onde foi encontrada colocação para os seus produtos.

Uma primeira apreciação revela que não se processou qualquer modificação tangível na estrutura do comércio dia província , devendo, no entanto, salientar-se uma ligeira recuperação do déficit no comércio especial com a metrópole e estrangeiro.

Assim, a metrópole contribuiu com 33 por cento do valor das aquisições externas da província, cabendo 63,5 por cento ao estrangeiro e 3,4 por cento ao ultramar; por outro lado, do quantitativo das exportações provinciais, 36,1 por cento e 4,8 por cento encontraram, respectivamente, colocação na metrópole e nas outras províncias ultramarinas, enquanto os restantes 59,1 por cento foram adquiridos por diversos países estrangeiros.

O mapa que se segue apresenta-nos os saldos negativos e positivos da balança comercial, respectivamente com a metrópole, ultramar português, estrangeiro e diversos países não conhecidos.

Todavia, considerando mais detidamente a composição dos saldos comerciais registados nos anos de 1967 e 1968, verifica-se: Em 1967, do desequilíbrio global cifrado em 2 225 313 contos, 481 252 contos e 34 872 contos representam,, respectivamente, os resultados negativos do comércio de Moçambique com a metrópole e o ultramar português e 1 195 424 contos o deficit do intercâmbio com o estrangeiro;

b) Em 1968, o panorama apresenta-se sensivelmente idêntico, pois os resultados negativos apurados para um deficit global de 2 319 965 contos foram, respectivamente, de 627 607 contos com a metrópole, 18 847 contos com o ultramar e 1 778 933 contos com o estrangeiro. Como mostra o quadro que a seguir se insere, em que se discriminam, por classes pautais, as mercadorias importadas no último biénio, o acréscimo do valor impor-