Todos os países têm os suas zonas de turismo permanente, como têm localizações para as outras indústrias.
Silo elos o cenário propulsor, de irradiação, do turismo de passagem (e de pequena permanência para todas as outros regiões.
Têm estas últimas o direito a fomentar o seu turismo, a efectuar a sua propaganda e A prepararem-se para ele, motivo como é de valorização, do progresso e do desenvolvimento regional.
É evidente, todavia, que todas as regiões de um país não podem transformar-se em zonas de turismo nacionais permanente ou de longa estada, sedes da indústria turística.
E se muitas vezes se disse quê o desenvolvimento de uma região atrasaria devia processar-se pela modernização e valorização. da sua agricultura, através da mecanização, comercialização, etc., e da fixação de unidades industriais fomentadoras de emprego e de subida do nível de vida - nas regiões turísticas e turismo aparece como o elemento industrial por excelência, neste binómio d o desenvolvimento regional!
Em alguns casos, como o da Madeira, o turismo é mesmo H única indústria possível de atingir o volume e expansão suficientes para assegurar a promoção social desta região, com sua pletora populacional e as limitações da sua insularização, embora a seu lado outras de menos expressão económica possam desenvolver-se. Em Portugal, o Estado definiu como zonas nacionais de turismo, rentável e permanente, a Madeira, o Algarve e a grande região que tem como centro Lisboa, por, em pé de igualdade, realizarem um conjunto de condições óptimas para a instalação e desenvolvimento dessa indústria, actualmente vivendo sob o signo do sun, sand, and sea, que constitui o seu slogan mais expressivo.
Mas o País precisa de ter uma zona- de turismo de montanha se a puder ter ao lado das suas regiões turísticas da beira-mar, até porque a diversificação é útil - já que um dia o slogan que citei pode, como tantas coisas neste Mundo, sofrer a acção dos ventos de mud ança e o turismo predominar nas altitudes.
Ó Sr. Pontífice de Sonsa: - Muito bem!
O Orador: - Através do projecto do Governo, do estudo da Câmara Corporativa, dos discursos dos Srs. Deputados que intervieram neste debate, permito-me concluir que a serra dá Estrela tem condições de ser proclamada a zona nacional de turismo de montanha, mediante a planificação e estudo das necessárias infra-estruturas, em ordem a ali se instalar uma indústria turística de futuro rentável.
E apoiando neste aspecto as palavras do Sr. Deputado Pinto Balsemão, a sua crítica, as suas restrições e os seus receios, concluo ainda que o teleférico, na necessidade de remediar uma situação sem outra saída, aparece como elemento desencadeador da criação da nossa zona de turismo da montanha - até como primeiro espécime, que talvez venha a fazer carreira noutras regiões do País.
O Sr. Pontífice de Sousa: - Muito bem!
vez menos viagem pela terra alheia e cada vez mais pela sua terra maravilhosa, que se estende pelas montanhas, cidades, praias, florestas e ilhas de vários continentes, de tão diferentes características ambientais e paisagísticas.
Ao Estado - há que dizê-lo - impõe-se, todavia, equidade e equilíbrio no apoio económico e técnico às suas zonas de turismo que lhe trazem divisas.
A minha ilha, ilha Madeira, se deve agradecer ao Governo as recentes decisões quanto ao seu planeamento regional e sobretudo turístico, tem razões para se queixar do atraso, lentidão e insuficiente ajuda no plano da actuação. Mas vive-se agora por lá a esperança e a quase certeza de novos ritmos e novos tempos.
Sirva este «parte aparte que um homem como eu, que bem defendido quanto pode nesta tribuna a sua zona de turismo, a qual, AO lado dos seus pergaminhos, traz, como qualquer coifara, as divisas que ganha à metrópole do país de que faz parte integrante, que este homem traga à serra da Estrela a pequena achega destas sinceros palavras, com a esperança de que ela venha A transformar-se, com. apoio da iniciativa privada portuguesa e estrangeira e do Estado, na zona de montanha por excelência do nacional.
Vozes: - Muito bem!
O orador foi cumprimentado.
O Sr. Gonçalves de Proença: - Sr. Presidente: Não é esta «t oportunidade pana apresentar a V. Ex.ª as minhas homenagens pessoais. Permita-me, no entanto, que o faço em nome da Comissão de Política e Administração Geral e Local, felicitando vivamente a Assembleia pela escolha de V. Ex.ª para seu presidente. Permita-me «linda V. Ex.ª que, também em nome da mesma Comissão, manifesto aqui o nosso reconhecimento pela distinção com que quiseram honrar-nos, designando-nos porá essas funções. E, finalmente, seja-me permitida pela primeira vez nesta tribuna uma saudação aos órgãos da informação, após o que peco licença a V. Ex.ª para ler o parecer da Comissão de Política e Administração Geral e Local sobre a proposta de lei, n.º 2/X apresentada pelo Governo com vista à adopção de medidas tendentes ao desenvolvimento da região de turismo da serra da Estrela.
Adopção de medidos tendentes ao desenvolvimento da região de turismo da serra da Estrela