de preocupações e de premências - tudo fora facilmente esboroado pela força dos elementos. Havia que recomeçar ...».

Não nos podemos permitir que continue «uma situação que a muitos dos habitantes da Caparica ouvimos classificar de eterna ... enquanto a Costa existir».

A Costa tem de existir, a Costa tem de sobreviver ...

Ou será que estaremos aguardando que haja «trovoada» forte um dia lá para a Costa para então nos lembrarmos de Santa Bárbara?

Que Fevereiro - o pior mês para a Costa - nos não traga mais algumas angústias e destruições.

Não somos suficientemente ricos para desperdiçar potenciais riquezas, nem julguemos que o desenvolvimento das «praias do Sol» possa atrasar o processo de crescimento da Costa do Sol (aliás muito limitado para um «turismo de massa» no Verão, pela própria extensão dos areais).

Todos têm direito à vida, ambas um lugar ao Sol. Cada qual se poderia especializar: uma para turismo de luxo, particularmente no Verão (será esse o sentido da recente elevação de tarifas na linha de Cascais?), outra, para proporcionar às grandes massas humanas da cidade de Lisboa e Outra Banda a democratização balnear dos «tempos livres» no período primaveril - estival -, isso, numa fase primária do processo de urbanização e aculturação.

Mas, se assim for, haverá que pensar na deslocação, para as «praias do Sol», de grandes massas populacionais que não disponham de meios de transporte próprios, não parecendo que de futuro se possa resolver, a contento, apenas com transportes colectivos de passageiros por autocarros.

Que o digam as já infindáveis «bichas» que por vezes se formam em Alcântara Norte e Costa da Caparica nos períodos de ponta semanais e que não serão apenas mais extensos pela relativa carestia Idos transportes e demora no escoamento.

O transporte por caminho de ferro virá a impor-se, assim, um dia, e útil seria o começo da instalação de linhas para a margem sul do Tejo, através da Ponte de Salazar, como processo de extrair desse notável investimento infra-estrutural uma acrescida, uma complementar rentabilidade dos capitais já investidos. Não repitamos, em parte, com a Ponte Ide Salazar o que se tem passado com o famigerado caso do teleférico na serra da Estrela ...

Do mesmo passo que se vá pensando, e agindo já em conformidade, na valorização urbanística da planura da Costa da Caparica à Fonte da Telha - não esquecendo os indispensáveis estudos geológicos quanto à possibilidade de suporte pelos terrenos, sem «abatimento», das construções a edificar -, antes de vir a inçar-se de uma desordenada urbanização que possa ser atropelo, ou impecilho, a um «plano director» de actividades, infra-estruturas, equipamento, habitação.

Candeia que vai à frente, alumia duas vezes ...

Que os serviços responsáveis promovam, tão cedo nesta década de 70, a plena valorização da Costa, da Costa da Caparica, e de outras mais praias que se sucedem para sul até à Fonte da Telha.

É que estamos a entrar na «civilização» dos tempos livres ...

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Covas Lima: - Sr. Presidente: As minhas primeiras palavras são de cumprimentos para V. Ex.ª

As vossas qualidades excepcionais e a vossa forte personalidade dão-nos a garantia de que a Assembleia Nacional tem o presidente que necessita.

Srs. Deputados: Cumprimento VV. Ex.ªs, prometendo-vos a minha franca e leal colaboração.

Atento às vossas intervenções, quero felicitar VV. Ex.ª pelo brilhantismo, pelo desassombro e pela clareza com que VV. Ex.ªs têm exteriorizado o vosso pensamento.

Tem sido evidente o dinamismo da vossa acção, e é de realçar que neste curso prazo de tempo do funcionamento da Assembleia, os Srs. Deputados que têm usado da palavra revelaram, sempre muita competência e bastantes qualidades de trabalho, abordando em diversos sectores temas de grande interesse nacional.

O patriotismo, a dedicação, o respeito pelas ideias alheias, a compreensão mútua, dão-nos a certeza de que o trabalho desta Assembleia virá a ser da máxima utilidade para a união da família portuguesa e para o engrandecimento da Nação.

Permitam-me VV. Ex.ªs que eu daqui enderece as minhas cordiais saudações ao nosso leader, Sr. Deputado-Doutor Almeida Cotta, e aos Srs. Deputados Prof. Doutor Gonçalves de Proença e Dr. Lopo de Carvalho Canceçla de Abreu, cuja acção governativa se caracterizou sempre por uma forte vontade de bem servir.

Aos órgãos de informação aqui representados, dirijo os meais cumprimentos e faço votos pelas maiores facilidades no desempenho da vossa espinhosa e ingratas missão.

Sr. Presidente: Está para breve a inauguração do Hospital Regional de José Joaquim Fernandes, na cidade de Beija.

Cumpre-me agradecer ao Governo da Nação o ter levado a bom termo tão imprescindível e útil empreendimento e dirigir, ao mesmo tempo, uma palavra de- profundo agradecimento e respeito à excelsa e virtuosa benemérita Ex.ª Sr.ª D. Carolina Almodovar Fernandes, que, por sua livre iniciativa, deu o primeiro impulso para obra tão vultosa.

O Sr. Ganha Araújo: - Muito bem!

O Orador: - Pela Direcção-Geral dos Hospitais foi já nomeada uma comissão instaladora, que, sei, está a trabalhar, activa e eficazmente, para que o grandioso imóvel, munido de todos os necessários requisitos, seja transformado num hospital moderno e eficiente;, o qual, julgo, irá ser considerado, como modelo de outros hospitais do mesmo âmbito com que a Direcção-Geral ateima referida procura enriquecer o património da Nação no campo assistência da saúde pública.

Tudo me leva a crer que este edifício, que já mereceu uma minuciosa visita do então Sr. Ministro da Saúde e Assistência e nosso actual par, Dr. Lopo Cancella de Abreu, venha a ser o hospital funcionante de que tanto o nosso distrito carece.

O Sr. Ricardo Horta: - Muito bem!

O Orador: - No entanto, e neste momento de justa euforia, por se ver enriquecer o distrito mais extenso da